Zürcher Nachrichten - Cientistas vão simular mudanças climáticas na Amazônia para estudar seus efeitos

EUR -
AED 3.966197
AFN 77.527809
ALL 99.297194
AMD 421.695895
ANG 1.933093
AOA 990.189448
ARS 1158.830672
AUD 1.714018
AWG 1.946366
AZN 1.832762
BAM 1.955555
BBD 2.180248
BDT 131.213533
BGN 1.955872
BHD 0.406889
BIF 3209.209318
BMD 1.079814
BND 1.450359
BOB 7.461064
BRL 6.135292
BSD 1.079769
BTN 92.517099
BWP 14.822581
BYN 3.533766
BYR 21164.363962
BZD 2.168959
CAD 1.544173
CDF 3102.306708
CHF 0.953773
CLF 0.026634
CLP 1025.291029
CNY 7.850468
CNH 7.857697
COP 4516.65603
CRC 540.092241
CUC 1.079814
CUP 28.615084
CVE 110.263927
CZK 24.92754
DJF 192.284567
DKK 7.461766
DOP 68.329018
DZD 144.491917
EGP 54.599457
ERN 16.197217
ETB 142.945647
FJD 2.516561
FKP 0.833584
GBP 0.835512
GEL 2.980177
GGP 0.833584
GHS 16.7349
GIP 0.833584
GMD 77.746315
GNF 9343.735976
GTQ 8.332919
GYD 226.551569
HKD 8.402236
HNL 27.627603
HRK 7.536245
HTG 141.585999
HUF 401.901012
IDR 18040.460649
ILS 3.990525
IMP 0.833584
INR 92.477418
IQD 1414.422496
IRR 45460.189747
ISK 143.680491
JEP 0.833584
JMD 169.917559
JOD 0.765558
JPY 161.703337
KES 139.490502
KGS 93.580174
KHR 4318.877962
KMF 492.931035
KPW 971.81474
KRW 1582.35479
KWD 0.332928
KYD 0.899787
KZT 543.541788
LAK 23388.772307
LBP 96751.358113
LKR 319.669883
LRD 215.967898
LSL 19.845207
LTL 3.188412
LVL 0.653169
LYD 5.221852
MAD 10.408494
MDL 19.360812
MGA 5047.857364
MKD 61.527279
MMK 2266.839237
MNT 3770.468939
MOP 8.653814
MRU 42.954383
MUR 49.271375
MVR 16.635572
MWK 1872.347093
MXN 21.965478
MYR 4.801393
MZN 69.011453
NAD 19.84291
NGN 1657.396355
NIO 39.738877
NOK 11.286745
NPR 148.026874
NZD 1.886911
OMR 0.415568
PAB 1.079665
PEN 3.967802
PGK 4.452874
PHP 61.799924
PKR 302.531451
PLN 4.185254
PYG 8621.796298
QAR 3.937962
RON 4.97935
RSD 117.184689
RUB 91.242247
RWF 1539.756491
SAR 4.050686
SBD 9.082628
SCR 15.509562
SDG 647.888444
SEK 10.799376
SGD 1.450169
SHP 0.848565
SLE 24.592748
SLL 22643.171072
SOS 617.091135
SRD 39.515273
STD 22349.979762
SVC 9.446814
SYP 14039.591542
SZL 19.83044
THB 36.857311
TJS 11.763224
TMT 3.779351
TND 3.356067
TOP 2.529035
TRY 40.97453
TTD 7.326081
TWD 35.873059
TZS 2850.619451
UAH 44.688637
UGX 3945.504856
USD 1.079814
UYU 45.529557
UZS 13968.247044
VES 75.250986
VND 27695.081985
VUV 133.076957
WST 3.053463
XAF 655.938465
XAG 0.031881
XAU 0.000345
XCD 2.918253
XDR 0.815777
XOF 655.938465
XPF 119.331742
YER 265.634222
ZAR 19.949195
ZMK 9719.628206
ZMW 30.315284
ZWL 347.699825
Cientistas vão simular mudanças climáticas na Amazônia para estudar seus efeitos
Cientistas vão simular mudanças climáticas na Amazônia para estudar seus efeitos / foto: Michael Dantas - AFP/Arquivos

Cientistas vão simular mudanças climáticas na Amazônia para estudar seus efeitos

O que acontecerá com a Amazônia quando os níveis de CO2 na atmosfera aumentarem significativamente nas próximas décadas? Cientistas britânicos e brasileiros estão construindo "anéis de carbono" na maior floresta tropical do planeta para simular o futuro e agir a tempo.

Tamanho do texto:

Uma torre metálica de mais de 35 metros de altura se destaca entre as copas das árvores no coração da Amazônia Legal, cerca de 80 km ao norte de Manaus. Ao seu redor, serão erguidas 16 torres de alumínio, dispostas em forma de anel, para "bombear" CO2 e transformar esse pedaço da floresta em um experimento sobre o futuro do planeta.

O projeto AmazonFACE, cofinanciado pelos governos do Brasil e do Reino Unido, é "um laboratório a céu aberto que vai permitir a gente entender como a floresta vai se comportar nesses cenários futuros de mudança climática", explica um de seus coordenadores, Carlos Quesada, ao pé da a torre e portando capacete de proteção.

"Como a floresta vai reagir a essa mudança de temperatura, mudança de disponibilidade de água, em um mundo com mais carbono na atmosfera?", questiona Quesada, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

- "Janela para o futuro" -

A tecnologia FACE (Free Air Carbon Dioxide Enrichment, enriquecimento de dióxido de carbono em uma atmosfera livre), já foi utilizada em florestas da Austrália, Estados Unidos e Reino Unido, mas nunca em uma floresta tropical.

Até 2024, haverá seis "anéis de carbono" bombeando este gás – um dos causadores do aquecimento global – em uma concentração entre 40% e 50% superior à atual.

Durante dez anos, os pesquisadores vão analisar os processos que ocorrem nas folhas, raízes, solo, ciclos da água e nutrientes.

"Teremos projeções mais precisas sobre as duas coisas: como a floresta amazônica pode nos ajudar em relação à mudança do clima, absorvendo pelo menos uma parte do carbono que jogamos na atmosfera; e, por outro lado, também nos ajudará a entender como a floresta será impactada por essas mudanças", explica David Lapola, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que coordena o projeto com Quesada.

O aumento do carbono na atmosfera pode levar a uma "savanização" da Amazônia, com sua vegetação adaptada a um clima de temperaturas mais altas e secas mais prolongadas.

Mas o CO2 também pode "fertilizar" a floresta e torná-la temporariamente mais resistente a essas mudanças.

"Seria um cenário de impacto positivo, pelo menos por um tempo, o que seria muito importante para chegarmos em políticas de emissão zero", diz Quesada.

O projeto é "uma janela para o futuro: vamos poder abri-la e ver o que vai acontecer nos próximos 30 anos. E com isso ganhamos tempo", acrescenta.

O Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) voltou a pedir ações ambiciosas para combater o aquecimento global.

De acordo com seu último relatório publicado em março, o aquecimento já atingirá os 1,5 °C em comparação com a era pré-industrial a partir dos anos 2030-2035.

Um estudo de referência dos pesquisadores Thomas E. Lovejoy e Carlos Nobre, de 2018, aponta que a Amazônia chegará ao ponto sem volta da "savanização" devido ao desmatamento, quando atingir de 20% a 25% de seu território.

Atualmente chega a 15%.

- Cooperação Brasil-Reino Unido -

O AmazonFACE, coordenado pela Unicamp e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, conta com a colaboração do Ministério das Relações Exteriores e do serviço de meteorologia britânico (MET office).

O chanceler britânico, James Cleverly, visitou as instalações esta semana e anunciou um novo aporte de 2 milhões de libras para o projeto, que desde 2021 já recebeu 7,3 milhões de libras do Reino Unido (R$ 45 milhões no cambio atual).

O Brasil, por sua vez, investiu R$ 32 milhões.

I.Widmer--NZN