Zürcher Nachrichten - Start-up tunisiana transforma bagaço de azeitona em energia

EUR -
AED 4.172469
AFN 82.254285
ALL 99.443091
AMD 442.669245
ANG 2.033568
AOA 1042.821867
ARS 1220.13733
AUD 1.80657
AWG 2.044748
AZN 1.935661
BAM 1.955664
BBD 2.288841
BDT 137.74043
BGN 1.961167
BHD 0.42777
BIF 3370.065862
BMD 1.135971
BND 1.496896
BOB 7.833456
BRL 6.659749
BSD 1.133621
BTN 97.596219
BWP 15.810902
BYN 3.709842
BYR 22265.033118
BZD 2.277042
CAD 1.575536
CDF 3265.353315
CHF 0.926352
CLF 0.02877
CLP 1119.192243
CNY 8.283619
CNH 8.27647
COP 4910.258856
CRC 581.659589
CUC 1.135971
CUP 30.103234
CVE 110.25734
CZK 25.124845
DJF 201.665989
DKK 7.469696
DOP 70.015136
DZD 149.546094
EGP 58.259952
ERN 17.039566
ETB 147.302266
FJD 2.589451
FKP 0.870523
GBP 0.868347
GEL 3.135724
GGP 0.870523
GHS 17.599193
GIP 0.870523
GMD 81.939839
GNF 9837.367715
GTQ 8.756913
GYD 237.560193
HKD 8.807798
HNL 29.333005
HRK 7.534333
HTG 149.350794
HUF 410.372
IDR 19104.767083
ILS 4.201662
IMP 0.870523
INR 97.871019
IQD 1485.083368
IRR 47916.707739
ISK 145.766059
JEP 0.870523
JMD 179.486449
JOD 0.805448
JPY 162.999927
KES 147.265676
KGS 98.928393
KHR 4544.261208
KMF 493.362443
KPW 1022.294878
KRW 1612.632661
KWD 0.348221
KYD 0.94088
KZT 588.762297
LAK 24604.320793
LBP 102046.231149
LKR 339.073464
LRD 227.051545
LSL 21.78357
LTL 3.354228
LVL 0.687138
LYD 6.315463
MAD 10.592201
MDL 20.143015
MGA 5147.528971
MKD 61.531452
MMK 2385.0762
MNT 3994.555643
MOP 9.076761
MRU 44.867344
MUR 50.132871
MVR 17.543903
MWK 1966.153198
MXN 23.079983
MYR 5.023868
MZN 72.491949
NAD 21.78357
NGN 1816.018348
NIO 41.764921
NOK 12.110548
NPR 156.667034
NZD 1.95045
OMR 0.437314
PAB 1.135971
PEN 4.236435
PGK 4.684653
PHP 64.69574
PKR 318.60294
PLN 4.30343
PYG 9101.05483
QAR 4.135359
RON 4.992453
RSD 117.520604
RUB 94.964076
RWF 1607.133813
SAR 4.260315
SBD 9.605074
SCR 16.508418
SDG 681.71616
SEK 11.095337
SGD 1.499192
SHP 0.892695
SLE 25.877842
SLL 23820.746739
SOS 644.867785
SRD 41.663904
STD 23512.307787
SVC 9.940167
SYP 14769.561249
SZL 21.78357
THB 38.022964
TJS 12.345683
TMT 3.97365
TND 3.411003
TOP 2.73289
TRY 43.249673
TTD 7.713391
TWD 36.675128
TZS 3041.16373
UAH 46.987742
UGX 4174.251073
USD 1.135971
UYU 48.792468
UZS 14720.203601
VES 87.598698
VND 29227.514696
VUV 140.62449
WST 3.205325
XAF 657.816591
XAG 0.035181
XAU 0.000351
XCD 3.073331
XDR 0.845696
XOF 657.816591
XPF 119.331742
YER 278.735071
ZAR 21.713523
ZMK 10225.106937
ZMW 32.064238
ZWL 365.782223
Start-up tunisiana transforma bagaço de azeitona em energia
Start-up tunisiana transforma bagaço de azeitona em energia / foto: FETHI BELAID - AFP

Start-up tunisiana transforma bagaço de azeitona em energia

Entre as oliveiras, na oficina do engenheiro tunisiano Yassine Khelifi, o motor de uma máquina zumbe enquanto transforma o bagaço de azeitona em briquetes para gerar calor, uma alternativa à lenha em um país altamente dependente da importação de gás e petróleo.

Tamanho do texto:

"Extraímos energia e ganhamos dinheiro graças aos resíduos orgânicos descartados", explica à AFP Khelifi, de 36 anos e fundador da start-up Bioheat, criada em 2022 no povoado de Sanhaja, no norte do país.

"Isso é o que precisamos hoje em dia. Como podemos transformar algo sem valor em riqueza?", diz mostrando os restos da extração do azeite, uma pasta feita de peles, restos de polpa e fragmentos de osso.

Nessa manhã, vários trabalhadores trazem o bagaço em caminhões e o introduzem em um molde que produz briquetes cilíndricos, que depois são deixados para secar durante 30 dias - expostos ao sol e em estufas -, antes de embalá-los para entregá-los aos clientes.

Essa pasta, que chamam de "fitoura", é utilizada desde antigamente na Tunísia para acender fogueiras, na cozinha (como complemento alimentício) ou para alimentar os animais. Mas a maior parte dos resíduos do prensado das oliveiras acabam na natureza, contaminando o solo.

A Tunísia, um dos cinco maiores produtores mundial de azeite de oliva com 304.000 toneladas para a atual safra 2024/2025, gera quase o dobro de resíduos de "fitoura" (600.000 toneladas este ano).

Yassine Khelifi, que sempre viu no campo os trabalhadores do moinho vizinho utilizar o bagaço, se perguntava "como esse material poderia queimar durante tanto tempo sem apagar".

Isso lhe deu a ideia, anos mais tarde, de "transformá-lo em energia" para "reduzir o uso da lenha como combustível em um país que sofre com o desmatamento e a mudança climática".

Esse engenheiro, analista de imagens de satélite, montou seu próprio negócio em 2015 para vender estufas, mas constatou que a lenha acabava. Em 2018, começou a procurar na Tunísia e na Europa uma máquina que pudesse transformar o bagaço em briquetes, em vão.

Por isso decidiu construí-la por conta própria e passou quatro anos testando "todo tipo de motor e peças sobressalentes".

O resultado foi um briquete com umidade residual de 8%, aproximadamente a metade que a da lenha, que "emite muito menos CO2".

A Bioheat, que conta com dez empregados, encontrou vários clientes na Tunísia, entre eles restaurantes, hotéis e algumas escolas com aquecimento precário das regiões desfavorecidas do noroeste, onde as temperaturas podem ser duras no inverno.

- "Fomentar" esses projetos -

Ainda assim, a maior parte (60%) de sua produção (600 toneladas este ano), ele exporta para a França e Canadá.

Selim Sahli, proprietário de uma hospedagem perto de Nabeul, no leste, está encantado por ter mudado a lenha por briquetes. "É uma energia limpa e fácil de utilizar, e do ponto de vista econômico reduz meus gastos com calefação em um terço".

Ahmed Harrar, proprietário de uma pizzaria nos arredores da capital, Tunez, menciona outras vantagens. Os briquetes produzem menos fumaça que a lenha, para alívio de seus vizinhos, e a 'fitoura' dá um sabor especial à pizza".

Aproveitar melhor o bagaço "contribui para proteger o meio ambiente, criar empregos e riqueza", considera Noureddine Nasr, antigo especialista em desenvolvimento agrícola e rural da Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Esses tipos de projetos devem "ser fomentados", já que podem ajudar a aliviar a forte dependência da Tunísia do combustível importado, afirma.

Segundo dados oficiais, o país importa mais de 60% do combustível e do gás do qual precisa, e o abastecimento energético é uma carga pesada para o orçamento do país, cujas dívidas chegam a cerca de 80% de seu PIB.

Para criar sua empresa, Khelifi teve que percorrer "um caminho cheio de obstáculos", especialmente para obter fundos devido aos "elevados juros bancários", por isso pensou em recorrer ao seu entorno.

No entanto, suas ambições seguem intactas, e sonha em se tornar "um ator importante da transição para as energias limpas na Tunísia e, por que não, em escala mundial".

O.Meier--NZN