Congressistas republicanos acusam clã Biden de negócios obscuros no exterior
Congressistas republicanos declararam, nesta quarta-feira (10), que membros da família do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seus associados receberam, de forma obscura, cerca de US$ 10 milhões (R$ 49,5 milhões) de empresas estrangeiras, em particular chinesas e romenas.
Essas acusações se inserem em uma investigação de longa data sobre os negócios controversos de Hunter Biden, filho do presidente democrata.
A direita o acusa de ter usado o nome e a agenda de contatos de seu pai, quando este era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), para obter contratos duvidosos em vários países.
Em um relatório publicado nesta quarta, legisladores republicanos de uma comissão encarregada de supervisionar o Poder Executivo garantem que outros membros da família, como o irmão do presidente, James Biden, e sua nora, Hallie Biden, fizeram negócios na China e na Romênia.
Os congressistas se baseiam em extratos bancários obtidos graças aos poderes de investigação de sua comissão e explicam que pessoas próximas de Joe Biden criaram uma rede nebulosa de empresas para ocultar a origem dos recursos.
"A falta de transparência em torno dos negócios da família Biden no exterior levanta questões importantes para a segurança nacional", afirmam os congressistas no texto.
"Quando o vice-presidente Biden dava palestras sobre ética contra a corrupção na Romênia, Hunter Biden recebia [...] mais de um milhão de dólares [cerca de 4,9 milhões de reais na cotação atual] de uma empresa controlada por um romeno acusado de corrupção".
O relatório não acusa a família Biden de nenhum ato ilegal nem relaciona o presidente diretamente com o caso. Mas, durante uma entrevista coletiva, o congressista Byron Donalds se disse convencido de que "Joe Biden estava ciente" dos fatos.
Em um comunicado, legisladores democratas da comissão acusam seus colegas republicanos de terem "selecionado informações enganosas".
A Casa Branca, por sua vez, considerou "absurdo" acusar Biden de servir aos interesses da China, "com base em alegações infundadas e ataques pessoais".
A vida atribulada de Hunter Biden, que durante um período sofreu com o vício em drogas, é um ponto fraco para seu pai, que, aos 80 anos, anunciou, no final de abril, sua intenção de concorrer à reeleição em 2024.
O presidente, no entanto, nunca deu as costas a seu filho. "Meu filho não fez nada de errado, eu confio nele, tenho fé nele", disse Biden na semana passada, apesar de Hunter estar ameaçado por uma investigação da Justiça federal por sonegação de impostos.
F.Schneider--NZN