Nove presos em caso de esquema de pirâmide Juicy Fields
Uma grande operação policial europeia resultou na prisão de nove pessoas e na apreensão de milhões de euros em contas bancárias e criptomoedas, relacionadas a um esquema de pirâmide envolvendo cultivo de maconha medicinal.
Cerca de 400 agentes participaram da operação conjunta realizada na quinta-feira (11) em vários países europeus, e na República Dominicana, para deter os supostos responsáveis pela empresa Juicy Fields, que, segundo a Europol, enganou mais de 180.000 pessoas em todo o mundo.
"Segundo as estimativas, os danos totais resultantes dos investimentos falsos na plataforma de cultivo de cannabis somam 645 milhões de euros" (R$ 3,4 bilhões), declarou a agência policial, com base em Haia.
A Juicy Fields, sediada na Holanda, oferecia por meio da internet comprar plantas de cannabis destinadas ao uso médico, prometendo aos investidores um alto retorno que poderia chegar a mais de 100% ao ano.
Inicialmente, várias pessoas registraram ganhos significativos devido ao esquema de pirâmide - que consiste em usar o dinheiro arrecadado com os novos membros para remunerar os investidores anteriores.
No entanto, a partir de julho de 2022, as possibilidades para retirada do dinheiro foram bloqueadas e as contas abertas por meio da plataforma Juicy Fields começaram a ser fechadas progressivamente.
As denúncias generalizadas à polícia levaram a Europol a coordenar uma complexa investigação envolvendo vários países e órgãos europeus.
"Após um minucioso trabalho de coleta de evidências digitais, os investigadores elaboraram um quadro de inteligência conjunto que permitiu às forças policiais de toda a Europa iniciar esta onda de prisões", declarou a Europol.
A polícia prendeu envolvidos do Reino Unido, Alemanha, Itália, Letônia e Espanha. Um dos principais suspeitos do caso, de nacionalidade russa, foi detido na República Dominicana.
Durante as operações, a polícia apreendeu dinheiro em espécie, criptomoedas, veículos de luxo, obras de arte e diversos artigos de luxo, informou a Europol.
L.Zimmermann--NZN