Polícia faz operação em prisão na Colômbia após assassinato de seu diretor
Agentes da autoridade penitenciária colombiana realizaram, nesta sexta-feira (17) operações, de transferência de presos da prisão La Modelo, em Bogotá, cujo diretor foi assassinado por pistoleiros na véspera, após receber ameaças de morte.
“Estão sendo realizadas operações em todos os pátios” da prisão, uma das principais do país, para “transferir cerca de 15 reclusos para outros estabelecimentos”, disse à AFP fonte do Instituto Penitenciário e Penitenciário Nacional (INPEC), que não quis revelar sua identidade.
Na tarde de quinta-feira, o coronel reformado Elmer Fernández foi morto a tiros em uma avenida de Bogotá, enquanto viajava em um carro não blindado da autoridade penitenciária.
Fernández era diretor da penitenciária La Modelo desde 4 de abril e estava encarregado pelo governo de realizar buscas dentro das celas. Por ter dado essas ordens aos guardas, Fernández “recebeu uma ameaça por escrito”, disse o ministro da Justiça, Néstor Osuna, em coletiva de imprensa.
A mídia local publicou notas intimidadoras escritas à mão e assinadas com o pseudônimo de Pedro Pluma.
Segundo o jornal El Tiempo, trata-se de um criminoso que dirige negócios ilegais dentro da prisão. Diante de notícias da imprensa sobre um motim de prisioneiros, a polícia de Bogotá garantiu à AFP que recebeu um “relato de perturbação na prisão”.
A polícia realizou operações em Bogotá durante a noite de quinta-feira, mas o autor do assassinato não foi preso.
Osuna reconheceu falhas no protocolo para proteger o diretor Fernández, que esta semana havia solicitado um esquema de segurança ao governo.
O homicídio “nos alerta que devemos aprofundar" os cuidados aos agentes penitenciários, disse.
Segundo o ministro, nos últimos dois anos ocorreram 506 ameaças contra membros do INPEC.
Na manhã desta sexta-feira, os arredores da prisão La Modelo, onde estão reclusos cerca de 3 mil detentos, amanheceram com um forte contingente policial de forças especiais.
F.Carpenteri--NZN