Zürcher Nachrichten - Macron visita Nova Caledônia para tentar restaurar a calma após distúrbios

EUR -
AED 3.884622
AFN 71.845215
ALL 98.56526
AMD 409.224079
ANG 1.905628
AOA 965.621197
ARS 1056.318894
AUD 1.633339
AWG 1.906389
AZN 1.799806
BAM 1.964065
BBD 2.134884
BDT 126.351728
BGN 1.956737
BHD 0.398642
BIF 3122.028536
BMD 1.057636
BND 1.422847
BOB 7.305745
BRL 6.130005
BSD 1.057355
BTN 89.243286
BWP 14.514149
BYN 3.460262
BYR 20729.662984
BZD 2.131269
CAD 1.485153
CDF 3031.184243
CHF 0.938959
CLF 0.037313
CLP 1029.58763
CNY 7.644573
CNH 7.651958
COP 4740.059545
CRC 540.052286
CUC 1.057636
CUP 28.02735
CVE 110.730991
CZK 25.277288
DJF 188.283246
DKK 7.458786
DOP 63.947904
DZD 141.286364
EGP 52.196432
ERN 15.864538
ETB 131.064782
FJD 2.404319
FKP 0.83481
GBP 0.83347
GEL 2.882089
GGP 0.83481
GHS 16.996527
GIP 0.83481
GMD 75.091551
GNF 9112.486638
GTQ 8.165401
GYD 221.210926
HKD 8.233595
HNL 26.698482
HRK 7.544391
HTG 138.920831
HUF 406.658904
IDR 16814.083479
ILS 3.953755
IMP 0.83481
INR 89.295508
IQD 1385.129062
IRR 44531.757669
ISK 145.900769
JEP 0.83481
JMD 167.385201
JOD 0.749964
JPY 164.408966
KES 136.96951
KGS 91.48592
KHR 4294.64687
KMF 493.382838
KPW 951.871879
KRW 1475.254041
KWD 0.325202
KYD 0.881108
KZT 524.206025
LAK 23227.749724
LBP 94684.562614
LKR 308.909991
LRD 195.081889
LSL 19.353847
LTL 3.122924
LVL 0.639753
LYD 5.164759
MAD 10.560542
MDL 19.153604
MGA 4953.870876
MKD 61.730909
MMK 3435.160039
MNT 3593.846618
MOP 8.476271
MRU 42.0333
MUR 49.931234
MVR 16.351333
MWK 1833.424297
MXN 21.53867
MYR 4.728165
MZN 67.529792
NAD 19.353847
NGN 1766.685256
NIO 38.910252
NOK 11.706712
NPR 142.789579
NZD 1.80052
OMR 0.407214
PAB 1.05735
PEN 4.028955
PGK 4.189214
PHP 62.130289
PKR 293.676773
PLN 4.316474
PYG 8257.751231
QAR 3.854539
RON 4.976813
RSD 116.985418
RUB 105.579986
RWF 1451.716144
SAR 3.972546
SBD 8.866568
SCR 14.542056
SDG 636.163919
SEK 11.59133
SGD 1.417808
SHP 0.83481
SLE 24.00983
SLL 22178.100313
SOS 604.245714
SRD 37.394301
STD 21890.927079
SVC 9.251935
SYP 2657.341694
SZL 19.361571
THB 36.861252
TJS 11.271286
TMT 3.701726
TND 3.339469
TOP 2.47709
TRY 36.409859
TTD 7.179212
TWD 34.343573
TZS 2813.311443
UAH 43.588942
UGX 3880.329656
USD 1.057636
UYU 44.919247
UZS 13541.988977
VES 48.069456
VND 26853.374652
VUV 125.564655
WST 2.952487
XAF 658.732268
XAG 0.03451
XAU 0.000412
XCD 2.858314
XDR 0.796556
XOF 658.732268
XPF 119.331742
YER 264.25052
ZAR 19.237653
ZMK 9519.992964
ZMW 28.997029
ZWL 340.558318
Macron visita Nova Caledônia para tentar restaurar a calma após distúrbios
Macron visita Nova Caledônia para tentar restaurar a calma após distúrbios / foto: Ludovic MARIN - POOL/AFP

Macron visita Nova Caledônia para tentar restaurar a calma após distúrbios

O presidente da França, Emmanuel Macron, chegou nesta quinta-feira (23) ao território francês da Nova Caledônia, em uma tentativa de restaurar a calma "o quanto antes", após mais de uma semana de distúrbios que deixaram seis mortos e centenas de feridos neste arquipélago no Pacífico.

Tamanho do texto:

Quase um ano após sua última visita, em julho de 2023, o avião presidencial pousou na capital Nouméa, onde o presidente tinha várias reuniões agendadas com políticos e empresários locais.

A decisão repentina de Macron de viajar para este arquipélago francês, situado a cerca de 17 mil quilômetros, mostra a gravidade com que o governo francês vê a crise neste território colonizado pela França em meados do século XIX.

Logo ao sair de seu avião, Macron disse que seu objetivo era "estar ao lado da população para que haja o mais rápido possível o retorno à paz, à calma, à segurança". "Essa é a prioridade absoluta", afirmou o presidente.

Uma reforma do censo eleitoral na Nova Caledônia, que o governo espera ser aprovada pelo Parlamento francês até ao final de junho, reavivou as tensões entre o povo indígena kanak, sobretudo pró-independência, e os habitantes leais à França.

Paris enviou cerca de 3 mil agentes de segurança para conter os distúrbios que deixaram um cenário de carros e escolas incendiados e comércios saqueados. Desde o início dos confrontos em 13 de maio, a polícia deteve 269 pessoas, informaram as autoridades.

Em um de seus primeiros atos no arquipélago, Macron respeitou um minuto de silêncio pelas vítimas desses distúrbios, incluindo dois gendarmes, e garantiu que os reforços de segurança ficarão "o tempo que for necessário".

- 'Relação complicada com a história colonial' -

Durante a visita a uma delegacia do centro de Nouméa, Macron mencionou um "movimento de insurreição absolutamente inédito", que ninguém previu "com este nível de organização e violência".

O presidente indicou que as forças de segurança mobilizadas permanecerão no território "pelo tempo que for necessário, inclusive durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos" de Paris, que terminarão no início de setembro.

Durante a viagem, o chefe de Estado também pretende estabelecer uma missão composta por três funcionários de alto escalão, que "terá como objetivo promover o diálogo político", declarou na quarta-feira o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal.

Os distúrbios mais intensos em quatro décadas foram desencadeados pelo plano do governo francês de ampliar o direito de voto nas eleições provinciais para aqueles que vivem no território há pelo menos 10 anos.

Muitos kanaks, que representam cerca de 40% da população, temem que esta reforma dilua sua influência nas instituições do arquipélago, mas os residentes que se opõem à independência querem que ela seja aprovada.

"A situação é terrivelmente triste e perigosa", disse o ex-primeiro-ministro francês Edouard Philippe, para quem a França "tem a oportunidade de encontrar uma solução original" para a "complicada relação com sua história colonial".

O governo francês expressou preocupação com a interferência estrangeira na crise — acusando o Azerbaijão de provocar problemas — e as autoridades da Nova Caledônia declararam ter interceptado um ciberataque "sem precedentes" contra um provedor de internet local.

- 'Mentiram aos nossos antepassados' -

O envio de reforços policiais não conseguiu conter completamente a violência, embora os distúrbios tenham diminuído de intensidade neste popular destino de férias a cerca de 1.200 quilômetros da costa leste da Austrália.

No início da crise, a França impôs um toque de recolher noturno, proibiu reuniões públicas e a venda de álcool, bloqueou o uso do TikTok e decretou um estado de emergência que, segundo Macron, não será prorrogado se todas as partes desmontarem as barricadas.

Os separatistas kanak, alguns usando máscara, continuam bloqueando as estradas, constataram jornalistas da AFP.

"Mentiram aos nossos antepassados, mentiram aos nossos anciões com os diferentes acordos que foram assinados [...] Estamos cansados de não sermos reconhecidos", declarou Yamel, um defensor da independência do arquipélago.

A voz dos kanak "não se escuta, não se ouve", afirmou, por sua vez, Mike, de 52 anos, em uma barricada ao norte da capital.

Na quarta-feira, mais de 100 pessoas deixaram a Nova Caledônia e seguiram para a Austrália a bordo de aviões militares. Os voos partiram do pequeno aeroporto de Magenta.

As autoridades australianas e da Nova Zelândia, reclamaram, no entanto, reclamaram que as operações de evacuação foram dificultadas nesta quinta-feira pela visita de Macron.

O principal aeroporto internacional da Nova Caledônia está fechado para voos comerciais, provavelmente até sábado, segundo a empresa que opera o terminal.

bur-djw-as-tjc/zm/hgs/dbh/dga/rpr/am/fp

F.Schneider--NZN