Zürcher Nachrichten - Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

EUR -
AED 3.883446
AFN 71.895736
ALL 97.900638
AMD 411.253615
ANG 1.90568
AOA 964.776505
ARS 1059.179559
AUD 1.622625
AWG 1.897279
AZN 1.794959
BAM 1.957984
BBD 2.134981
BDT 126.360933
BGN 1.952776
BHD 0.398504
BIF 3064.552793
BMD 1.057289
BND 1.41652
BOB 7.333387
BRL 6.114624
BSD 1.057409
BTN 89.29813
BWP 14.386045
BYN 3.460359
BYR 20722.868637
BZD 2.131438
CAD 1.478328
CDF 3035.47747
CHF 0.934506
CLF 0.037204
CLP 1026.5747
CNY 7.654248
CNH 7.656799
COP 4647.515635
CRC 537.514753
CUC 1.057289
CUP 28.018164
CVE 110.53916
CZK 25.294629
DJF 187.901514
DKK 7.459164
DOP 64.018911
DZD 140.877325
EGP 52.381066
ERN 15.859338
ETB 128.751425
FJD 2.395923
FKP 0.834536
GBP 0.83492
GEL 2.881119
GGP 0.834536
GHS 16.87422
GIP 0.834536
GMD 75.067091
GNF 9125.463708
GTQ 8.163336
GYD 221.116616
HKD 8.229136
HNL 26.617242
HRK 7.541918
HTG 138.904923
HUF 407.915932
IDR 16767.866866
ILS 3.957687
IMP 0.834536
INR 89.227706
IQD 1385.577518
IRR 44503.944681
ISK 145.504269
JEP 0.834536
JMD 167.707047
JOD 0.749935
JPY 163.649346
KES 135.859859
KGS 91.447738
KHR 4283.078889
KMF 491.374875
KPW 951.559894
KRW 1474.675567
KWD 0.325064
KYD 0.881183
KZT 524.710108
LAK 23207.498531
LBP 94733.114058
LKR 307.643121
LRD 192.444637
LSL 18.973037
LTL 3.1219
LVL 0.639544
LYD 5.164848
MAD 10.575017
MDL 19.217434
MGA 4926.967975
MKD 61.463334
MMK 3434.034132
MNT 3592.6687
MOP 8.477055
MRU 42.212296
MUR 48.931243
MVR 16.345495
MWK 1834.396561
MXN 21.312159
MYR 4.729253
MZN 67.587204
NAD 18.978021
NGN 1775.828054
NIO 38.855402
NOK 11.632492
NPR 142.877408
NZD 1.79237
OMR 0.407066
PAB 1.057409
PEN 4.012387
PGK 4.252446
PHP 62.246315
PKR 293.715725
PLN 4.334931
PYG 8235.184869
QAR 3.849065
RON 4.976764
RSD 116.97634
RUB 106.338364
RWF 1448.486226
SAR 3.969218
SBD 8.849003
SCR 14.364561
SDG 635.957428
SEK 11.567035
SGD 1.416107
SHP 0.834536
SLE 23.947671
SLL 22170.831226
SOS 604.244517
SRD 37.574471
STD 21883.752116
SVC 9.252319
SYP 2656.470724
SZL 18.978078
THB 36.516676
TJS 11.239936
TMT 3.700512
TND 3.341085
TOP 2.476276
TRY 36.480924
TTD 7.180212
TWD 34.260928
TZS 2806.026596
UAH 43.654088
UGX 3893.342324
USD 1.057289
UYU 45.390625
UZS 13559.734259
VES 48.349526
VND 26860.432537
VUV 125.5235
WST 2.951519
XAF 656.708074
XAG 0.033917
XAU 0.000402
XCD 2.857377
XDR 0.804297
XOF 655.519126
XPF 119.331742
YER 264.163785
ZAR 19.106588
ZMK 9516.868831
ZMW 29.211409
ZWL 340.446696
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo / foto: NELSON ALMEIDA - AFP/Arquivos

Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

Em sua fazenda em Sinop, no Mato Grosso, o produtor rural Ilson José Redivo terminou o plantio de milho há algumas semanas, imediatamente depois da colheita de soja no mesmo terreno.

Tamanho do texto:

A "safrinha", que começou nos anos 1980 como um cultivo secundário, superou há uma década a colheita de verão e, graças a ela, espera-se que o Brasil alcance um novo recorde de produção.

Com isso, o país pode superar os Estados Unidos como maior exportador de milho, algo que aconteceu apenas em 2013.

Nesta região do Centro-Oeste, os campos se estendem até perder de vista.

Ilson José encadeia as duas culturas, soja e depois milho, em "quase 100%" de suas terras, que ocupam 1.550 hectares. A colheita do grão acontece em junho.

A produção brasileira de milho deve alcançar 124,9 milhões de toneladas (+10,4% em relação ao ano passado), das quais 76,3% correspondem a esta segunda safra, segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado na semana passada.

E tudo isso apesar do "atraso na colheita de soja" devido ao "excesso de chuva" em Mato Grosso, o principal produtor de soja e milho do país e onde o inverno temperado e a distribuição de chuvas possibilitam uma segunda safra anual.

- Com ajuda dos transgênicos -

O aumento do preço do milho, impulsionado especialmente pela abertura de usinas de etanol produzido com base neste cereal a partir de 2017, estimulou os produtores a investirem na "safrinha", explica o produtor rural à AFP.

"A segunda safra de milho se tornou mais atrativa, compramos mais fertilizantes, sementes geneticamente melhoradas e máquinas agrícolas que permitem um plantio mais rápido e preciso", afirma Ilson José.

Além disso, foi possível "aumentar a superfície" destinada ao grão, "melhorar nossa produtividade e, com isso, aumentar nossa produção de forma significativa".

As variedades transgênicas ocupam atualmente quase a totalidade dos campos de milho no país.

Com as previsões atuais de produção, "o país deve aumentar seu excedente para exportação", opina João Pedro Lopes, analista de mercado de commodities para a consultoria StoneX.

Existe alta demanda pelo milho brasileiro, em especial devido aos problemas que enfrentam exportadores tradicionais como Estados Unidos e Argentina, afetados pelo clima, e também a guerra na Ucrânia.

Ademais, essa demanda é impulsionada pela abertura do mercado chinês, após a assinatura de um acordo entre o governo brasileiro e Pequim no início de 2022, destaca Lopes.

- Desafios -

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil poderia exportar 52 milhões de toneladas de milho este ano, frente às 31,9 milhões de toneladas em 2022, e superar assim o país norte-americano, cujas projeções de exportação são estimadas em 49 milhões de toneladas.

"O Brasil está se impondo como concorrente dos Estados Unidos e tem capacidade de fazer sua produção crescer ainda mais. Ainda há muita superfície disponível para o cultivo", em espaços agrícolas já existentes, "e podemos melhorar nossa produtividade", garante Enori Barbieri, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

Contudo, para continuar melhorando o seu desempenho internacional, ao mesmo tempo em que lida com uma demanda interna crescente - impulsionada pelas necessidades do setor de proteína animal e de etanol -, o Brasil deverá superar alguns desafios.

O país deve "ter condições de elevar os investimentos em máquinas e equipamentos no campo", para que "as atividades de semeio e colheita sejam realizadas de forma mais acelerada", além de continuar melhorando "a infraestrutura logística para o escoamento da produção", adverte Lucilio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea).

Por outro lado, a capacidade de armazenamento continua sendo insuficiente, assinala Ricardo Arioli, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com as suas estimativas, o déficit de armazenamento apenas em Mato Grosso foi "de quase 60 % nas últimas safras" de soja e milho.

U.Ammann--NZN