Zürcher Nachrichten - Declínio demográfico da China acelera em 2023

EUR -
AED 4.100156
AFN 76.996433
ALL 99.295206
AMD 432.908722
ANG 2.012016
AOA 1035.676157
ARS 1074.292498
AUD 1.63648
AWG 2.009355
AZN 1.897392
BAM 1.956743
BBD 2.254126
BDT 133.413129
BGN 1.955733
BHD 0.420693
BIF 3236.402414
BMD 1.116308
BND 1.442583
BOB 7.71472
BRL 6.059013
BSD 1.116408
BTN 93.311689
BWP 14.757719
BYN 3.653563
BYR 21879.641043
BZD 2.250324
CAD 1.513664
CDF 3204.920923
CHF 0.949967
CLF 0.037559
CLP 1036.380611
CNY 7.86863
CNH 7.868511
COP 4637.122005
CRC 579.26891
CUC 1.116308
CUP 29.582168
CVE 110.318189
CZK 25.06715
DJF 198.800507
DKK 7.459557
DOP 67.011108
DZD 147.754915
EGP 54.152428
ERN 16.744623
ETB 129.551041
FJD 2.456772
FKP 0.850135
GBP 0.838403
GEL 3.047445
GGP 0.850135
GHS 17.551462
GIP 0.850135
GMD 76.4765
GNF 9645.434435
GTQ 8.630161
GYD 233.552605
HKD 8.695075
HNL 27.693856
HRK 7.589792
HTG 147.307724
HUF 393.006985
IDR 16963.084765
ILS 4.216871
IMP 0.850135
INR 93.201633
IQD 1462.472364
IRR 46988.225505
ISK 152.096634
JEP 0.850135
JMD 175.401425
JOD 0.790905
JPY 161.140205
KES 144.014553
KGS 94.036129
KHR 4534.104838
KMF 492.682473
KPW 1004.676762
KRW 1489.344895
KWD 0.340552
KYD 0.930328
KZT 535.256081
LAK 24652.444243
LBP 99974.314844
LKR 340.621176
LRD 223.287656
LSL 19.598998
LTL 3.296168
LVL 0.675243
LYD 5.301414
MAD 10.825419
MDL 19.480869
MGA 5049.298771
MKD 61.638338
MMK 3625.725543
MNT 3793.215269
MOP 8.96152
MRU 44.366397
MUR 51.216167
MVR 17.146767
MWK 1935.681249
MXN 21.635285
MYR 4.702451
MZN 71.276256
NAD 19.59891
NGN 1829.941183
NIO 41.08889
NOK 11.694462
NPR 149.296307
NZD 1.790146
OMR 0.429946
PAB 1.116438
PEN 4.18458
PGK 4.370029
PHP 62.190087
PKR 310.194021
PLN 4.26967
PYG 8709.965346
QAR 4.070262
RON 4.972149
RSD 117.085043
RUB 103.397982
RWF 1504.985168
SAR 4.188949
SBD 9.273102
SCR 14.581201
SDG 671.455616
SEK 11.35262
SGD 1.441684
SHP 0.850135
SLE 25.504632
SLL 23408.419405
SOS 637.996173
SRD 33.718035
STD 23105.326264
SVC 9.768491
SYP 2804.757812
SZL 19.605926
THB 36.727103
TJS 11.867509
TMT 3.907079
TND 3.382831
TOP 2.614505
TRY 38.105265
TTD 7.593593
TWD 35.753458
TZS 3042.742516
UAH 46.143908
UGX 4135.994127
USD 1.116308
UYU 46.131415
UZS 14206.531374
VEF 4043885.158798
VES 41.121191
VND 27489.089831
VUV 132.530354
WST 3.122831
XAF 656.255771
XAG 0.035892
XAU 0.000425
XCD 3.016879
XDR 0.827377
XOF 656.255771
XPF 119.331742
YER 279.439876
ZAR 19.432096
ZMK 10048.106972
ZMW 29.556456
ZWL 359.45079
Declínio demográfico da China acelera em 2023
Declínio demográfico da China acelera em 2023 / foto: Pedro Pardo - AFP

Declínio demográfico da China acelera em 2023

A população da China diminuiu em 2023 pelo segundo ano consecutivo, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (17), o que demonstra uma aceleração da crise demográfica neste país após mais de seis décadas de forte crescimento.

Tamanho do texto:

O custo da educação, o distanciamento dos jovens em relação ao casamento ou a integração educativa e laboral das mulheres fizeram com que a taxa de natalidade diminuísse na China, cuja população reduziu em 2022 pela primeira vez desde 1960.

Ultrapassada no ano passado pela Índia como o país mais populoso do mundo, a China deixou de aplicar políticas rigorosas de controle da natalidade e passou a tentar impulsioná-la, sem muito sucesso, com subsídios e propaganda pró-fertilidade.

"No final de 2023, a população nacional era de 1,409 bilhão (…), uma redução de 2,08 milhões em relação ao final de 2022", afirmou o Instituto Nacional de Estatística.

O declínio é mais que o dobro do registrado em 2022, quando a população chinesa diminuiu em 850 mil pessoas, a primeira cifra a diminuir desde 1960.

O cálculo diz respeito apenas aos indivíduos de nacionalidade chinesa que moram no território continental, excluindo os estrangeiros e habitantes dos territórios semiautônomos de Hong Kong e Macau.

"Em 2023, o número de nascimentos foi de 9,02 milhões, com uma taxa de natalidade de 6,39 por mil habitantes", explicou o órgão estatístico.

- "Impossível de reverter" -

A China pôs fim à sua rígida política do filho único em 2016, imposta na década de 1980 por medo da superpopulação, e desde 2021 permite que os casais tenham até três filhos.

Mas isso não conseguiu reverter o declínio demográfico de um país que há muito tempo faz da sua extensa mão de obra um motor de dinamismo econômico.

Se na década de 1960 o número médio de filhos por mulher era superior a 7, em 2022 caiu para preocupantes 1,05, disse à AFP o demógrafo independente He Yafu, que afirma se basear em dados oficiais.

Como se explica essa mudança de tendência?

Entre os principais motivos está o alto custo de criar um filho e a crescente desconfiança das gerações mais jovens em relação à instituição do casamento, um passo obrigatório na China antes da procriação.

Além disso, o número crescente de mulheres que frequentam o ensino superior atrasou a idade da primeira gravidez.

"A tendência de declínio populacional na China é basicamente impossível de reverter", disse He Yafu.

"Mesmo que a fecundidade seja incentivada, é impossível que a taxa de fecundidade aumente para a taxa de substituição geracional, porque agora as gerações mais jovens mudaram a sua concepção de fertilidade e geralmente não querem ter mais filhos", explicou este analista.

Para conter este declínio, o especialista apela a mais auxílio familiar, soluções para o cuidado de crianças e a promoção do acesso das crianças a creches.

- A imigração "não é viável" -

Os problemas desta crise demográfica e do envelhecimento da população são múltiplos, especialmente a nível econômico, devido à redução da força de trabalho disponível.

Mas também gera desafios sociais. Na China, a tradição obriga as gerações mais jovens a cuidar dos seus familiares idosos em maior grau do que acontece nas sociedades ocidentais.

A maioria dos casais é agora constituída por dois adultos que são filhos únicos e que seriam responsáveis por cuidar dos seus quatro pais idosos.

Para compensar este fardo, as autoridades apresentaram esta semana um plano bilionário para satisfazer as necessidades dos serviços para a terceira idade.

Incentivar a imigração para conter o declínio demográfico "não é viável" porque "nas próximas décadas, a população chinesa diminuirá em várias centenas de milhões de pessoas", estima He.

Isso implicaria trazer "centenas de milhões de pessoas" quando "a grande maioria dos chineses se opõe atualmente à imigração e as autoridades são muito restritivas neste assunto", observou.

U.Ammann--NZN