Zürcher Nachrichten - Chile acelera na corrida pelo lítio e explora novas salinas

EUR -
AED 4.093506
AFN 76.885697
ALL 99.156844
AMD 431.61136
ANG 2.009212
AOA 1033.996627
ARS 1072.997336
AUD 1.641238
AWG 2.006096
AZN 1.894898
BAM 1.953947
BBD 2.250965
BDT 133.223643
BGN 1.952711
BHD 0.420041
BIF 3231.776803
BMD 1.114498
BND 1.440534
BOB 7.703555
BRL 6.123719
BSD 1.114843
BTN 93.176654
BWP 14.737155
BYN 3.64844
BYR 21844.159752
BZD 2.247128
CAD 1.513226
CDF 3199.72349
CHF 0.948009
CLF 0.037589
CLP 1037.207355
CNY 7.861562
CNH 7.857762
COP 4641.270973
CRC 578.440993
CUC 1.114498
CUP 29.534196
CVE 110.159036
CZK 25.061677
DJF 198.518152
DKK 7.458688
DOP 66.916533
DZD 147.443868
EGP 54.087145
ERN 16.717469
ETB 129.365881
FJD 2.455963
FKP 0.848756
GBP 0.838887
GEL 3.04302
GGP 0.848756
GHS 17.526063
GIP 0.848756
GMD 76.360453
GNF 9631.735079
GTQ 8.617904
GYD 233.214621
HKD 8.68467
HNL 27.654771
HRK 7.577484
HTG 147.097844
HUF 393.219452
IDR 16938.139791
ILS 4.215003
IMP 0.848756
INR 93.066206
IQD 1460.414859
IRR 46912.005489
ISK 152.106934
JEP 0.848756
JMD 175.153874
JOD 0.78973
JPY 160.913487
KES 143.815085
KGS 93.883634
KHR 4527.705666
KMF 491.883517
KPW 1003.04752
KRW 1489.253392
KWD 0.340031
KYD 0.929027
KZT 534.493464
LAK 24617.20987
LBP 99832.321807
LKR 340.137394
LRD 222.964527
LSL 19.571513
LTL 3.290823
LVL 0.674149
LYD 5.294169
MAD 10.810335
MDL 19.453724
MGA 5042.127276
MKD 61.543927
MMK 3619.845856
MNT 3787.063972
MOP 8.948752
MRU 44.304377
MUR 51.133282
MVR 17.119128
MWK 1932.93201
MXN 21.562748
MYR 4.686458
MZN 71.160467
NAD 19.571337
NGN 1827.163772
NIO 41.030532
NOK 11.743114
NPR 149.085599
NZD 1.79238
OMR 0.429047
PAB 1.114823
PEN 4.178581
PGK 4.364018
PHP 62.09258
PKR 309.759007
PLN 4.271826
PYG 8697.750557
QAR 4.064445
RON 4.974451
RSD 117.076905
RUB 103.223004
RWF 1502.88806
SAR 4.182122
SBD 9.258064
SCR 14.81171
SDG 670.372494
SEK 11.382251
SGD 1.441191
SHP 0.848756
SLE 25.463272
SLL 23370.458959
SOS 637.101453
SRD 33.663463
STD 23067.857331
SVC 9.754617
SYP 2800.209454
SZL 19.578606
THB 36.808558
TJS 11.850548
TMT 3.900743
TND 3.377996
TOP 2.610264
TRY 38.023817
TTD 7.582672
TWD 35.665604
TZS 3038.346537
UAH 46.080848
UGX 4130.23089
USD 1.114498
UYU 46.065689
UZS 14186.544671
VEF 4037327.360851
VES 40.96537
VND 27422.221975
VUV 132.315435
WST 3.117767
XAF 655.323694
XAG 0.035728
XAU 0.000426
XCD 3.011987
XDR 0.826216
XOF 655.326631
XPF 119.331742
YER 278.9867
ZAR 19.526231
ZMK 10031.815557
ZMW 29.514477
ZWL 358.867884
Chile acelera na corrida pelo lítio e explora novas salinas
Chile acelera na corrida pelo lítio e explora novas salinas / foto: RODRIGO ARANGUA - AFP

Chile acelera na corrida pelo lítio e explora novas salinas

É noite no deserto do Atacama, o mais seco do mundo, e uma máquina extrai salmoura no Salar de Aguilar para avaliar a concentração de lítio, um metal fundamental na transição energética, mas cuja produção envolve riscos ambientais.

Tamanho do texto:

O Chile dispara para tentar retomar a liderança na produção de lítio. Mas sua exploração em grande escala ameaça os frágeis ecossistemas presentes nestas salinas do norte chileno, meios de subsistência de pequenas comunidades indígenas que temem que a pouca diversidade acabe extinta.

No coração do chamado "Triângulo de lítio", formado por Chile, Argentina e Bolívia, a maior reserva deste metal no planeta, as salinas de Aguilar e La Isla estão em fase de exploração.

A mais de 3.400 metros de altitude em Aguilar, a temperatura cai para -3ºC e o vento ultrapassa os 40 km/h. Em La Isla, a 15 km de distância e a mais 1.000 metros de altitude, o clima é ainda mais rigoroso. O inverno se aproxima e há pressa para finalizar as obras da Empresa Nacional de Mineração (Enami).

"Perfura-se dia e noite, porque o que precisamos é acelerar as coisas", diz Iván Mlynarz, vice-presidente executivo da Enami, à AFP.

Cerca de 50 pessoas trabalham no local em turnos de 14 dias de trabalho e 14 dias de descanso. Eles dormem em tendas onde resistem ao frio e ao vento.

As máquinas operadas por eles extraem amostras de salmoura e pedaços de poço que são enviados a um laboratório para medir a concentração de lítio, um estudo que termina em outubro.

"Tivemos resultados muito positivos. A qualidade do lítio ou do que obtemos nas amostras tem sido muito favorável", diz Cristhian Moreno, chefe do acampamento.

O novo parceiro do projeto será anunciado em março e a produção deste "ouro branco", componente essencial para as baterias de veículos elétricos, deverá começar em 2030.

- Primeiro lugar -

Altoandinos de Enami é o projeto que inclui ainda o Salar Grande e poderá fornecer 60 mil toneladas de lítio por ano. É fundamental no plano do Chile para recuperar a liderança global no setor através de parcerias público-privadas.

A Austrália, que extrai lítio de rochas, ocupou este lugar em 2016. Hoje produz 43% e o Chile, 34%.

A estratégia do governo do esquerdista Gabriel Boric também prevê expandir a produção no Salar do Atacama, com um acordo assinado na última sexta-feira (31) entre a estatal Codelco, maior produtora mundial de cobre, e a empresa privada SQM.

O consórcio adicionará ao todo cerca de 300 mil toneladas de lítio entre 2025 e 2030, e aumentará consideravelmente a produção do país, que em 2022 chegou a 243 mil toneladas por ano.

O Chile possui as maiores reservas de lítio do mundo (41%). No ano passado, o metal representou 5,3% de suas exportações, em comparação aos 45% do cobre.

Produzido através da evaporação da salmoura em lagoas ou piscinas, a exploração deste metal no país apresenta riscos de extinção de espécies endêmicas, como flamingos, vicunhas, guanacos e chinchilas, além de um ecossistema muito diversificado.

"Estas frágeis salinas do Atacama são um refúgio para a diversidade da vida andina, corredores biológicos do Altiplano. Não são minas, são ecossistemas", alerta Cristina Dorador, professora da Universidade de Antofagasta.

Também permitem a subsistência dos indígenas Colla que vivem nestas áreas há anos e que temem que o lítio seja o golpe final após as minas de ouro e cobre.

"Significa querer exterminar a pouca biodiversidade que nos resta", critica Cristopher Castillo, de 25 anos, de uma pequena comunidade de pastores nômades de Colla.

Esta comunidade indígena é formada por cerca de 20.000 pessoas em todo o Chile e a falta de água os expulsou da cordilheira para as cidades.

"Se secarmos as salinas, não choverá mais, não nevará mais e isso acorrenta tudo; toda a biodiversidade diminuirá", alerta Castillo.

O.Pereira--NZN