Zürcher Nachrichten - Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU

EUR -
AED 4.09891
AFN 77.000743
ALL 99.421038
AMD 432.709522
ANG 2.014168
AOA 1036.161206
ARS 1074.372779
AUD 1.63902
AWG 2.008713
AZN 1.892529
BAM 1.956723
BBD 2.256485
BDT 133.554215
BGN 1.9648
BHD 0.420506
BIF 3229.563839
BMD 1.115952
BND 1.443094
BOB 7.722713
BRL 6.054487
BSD 1.117637
BTN 93.468734
BWP 14.703291
BYN 3.657459
BYR 21872.650742
BZD 2.252673
CAD 1.513738
CDF 3203.896851
CHF 0.94626
CLF 0.037647
CLP 1038.794656
CNY 7.887576
CNH 7.893003
COP 4648.217271
CRC 578.908317
CUC 1.115952
CUP 29.572717
CVE 110.757872
CZK 25.101324
DJF 198.32694
DKK 7.460585
DOP 67.177415
DZD 147.687163
EGP 54.165053
ERN 16.739274
ETB 131.123383
FJD 2.454868
FKP 0.849863
GBP 0.840607
GEL 3.047018
GGP 0.849863
GHS 17.515096
GIP 0.849863
GMD 76.437869
GNF 9655.77257
GTQ 8.639154
GYD 233.744111
HKD 8.697659
HNL 27.8426
HRK 7.587367
HTG 147.280815
HUF 394.493357
IDR 16964.863137
ILS 4.184785
IMP 0.849863
INR 93.303427
IQD 1461.896555
IRR 46973.192466
ISK 152.330631
JEP 0.849863
JMD 175.58285
JOD 0.790877
JPY 159.429268
KES 143.957565
KGS 94.046768
KHR 4541.922966
KMF 492.525074
KPW 1004.355779
KRW 1483.138649
KWD 0.340298
KYD 0.931235
KZT 535.202589
LAK 24645.790031
LBP 99618.896173
LKR 340.193571
LRD 216.77315
LSL 19.533359
LTL 3.295115
LVL 0.675027
LYD 5.295174
MAD 10.819142
MDL 19.500017
MGA 5083.159551
MKD 61.600735
MMK 3624.567164
MNT 3792.00338
MOP 8.970728
MRU 44.319988
MUR 51.188974
MVR 17.141333
MWK 1937.291581
MXN 21.557065
MYR 4.702602
MZN 71.253242
NAD 19.531837
NGN 1830.518009
NIO 41.033592
NOK 11.722223
NPR 149.567915
NZD 1.789962
OMR 0.429598
PAB 1.117637
PEN 4.179206
PGK 4.368062
PHP 62.005593
PKR 310.34939
PLN 4.277191
PYG 8724.194741
QAR 4.062342
RON 4.97446
RSD 117.073885
RUB 102.864693
RWF 1497.607005
SAR 4.187662
SBD 9.27014
SCR 15.202634
SDG 671.245006
SEK 11.344251
SGD 1.442485
SHP 0.849863
SLE 25.496483
SLL 23400.940677
SOS 637.208205
SRD 33.314523
STD 23097.94437
SVC 9.778614
SYP 2803.861723
SZL 19.532173
THB 36.971243
TJS 11.878474
TMT 3.90583
TND 3.374631
TOP 2.622262
TRY 38.03529
TTD 7.595733
TWD 35.468847
TZS 3040.967693
UAH 46.312453
UGX 4149.995388
USD 1.115952
UYU 45.911664
UZS 14211.64293
VEF 4042593.182683
VES 41.017307
VND 27430.089553
VUV 132.488012
WST 3.121833
XAF 656.290198
XAG 0.036273
XAU 0.000431
XCD 3.015915
XDR 0.828298
XOF 655.623781
XPF 119.331742
YER 279.350564
ZAR 19.539748
ZMK 10044.903741
ZMW 29.084593
ZWL 359.33595
Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU
Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU / foto: Guy Peterson - AFP/Arquivos

Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU

As guerras, as dificuldades econômicas e os fenômenos climáticos extremos impediram o retrocesso da fome em 2023, que afetou 733 milhões de pessoas, mais de 9% da população mundial, segundo cinco agências da ONU nesta quarta-feira (24).

Tamanho do texto:

A situação não é a mesma no mundo todo. O número de pessoas que passam fome aumentou na África, se estabilizou na Ásia e reduziu na América Latina e no Caribe, onde 41 milhões de pessoas passaram fome em 2023.

A África é, de longe, a região com a maior porcentagem da população que enfrenta a fome: 20,4%. Na Ásia, a porcentagem é de 8,1%, na Oceania, de 7,3%, e na América Latina e no Caribe, de 6,2%.

As conclusões estão expostas em um informe conjunto da ONU com a Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O documento destaca que a insegurança alimentar crônica aumenta de maneira geral desde 2016-2017, aponta David Laborde, economista da FAO e coautor do relatório intitulado "O estado da segurança alimentar e nutricional no mundo".

A situação se agravou com a pandemia de covid-19 em 2020 e 2021. Desde então, a proporção da população que não tem as calorias suficientes para levar uma vida normal se mantém no mesmo nível.

Com esta tendência, a meta adotada pelas Nações Unidas há 9 anos, de eliminar a fome no mundo até 2030, está cada vez mais difícil de alcançar. Mais de um terço da população mundial não tem acesso a uma dieta saudável, sendo 72% em países de baixa renda.

Ainda que a economia tenha se recuperado da pandemia, a "desigualdade persiste entre os países e dentro deles", disse Laborde.

As tensões geopolíticas também desempenham um papel, "com conflitos que não vão desaparecer" e "a mudança climática começa a nos atingir com força em todos os continentes", acrescenta.

O economista lamenta que embora "o problema tenha crescido" e que as "causas fundamentais tenham se agravado", não tenha sido implementado "um grande plano" para aumentar as verbas destinadas ao combate à fome.

O relatório, apresentado durante uma assembleia do G20, no Brasil, propõe remediar esta situação com uma reforma do financiamento para a segurança alimentar e nutricional.

- Financiamento “fragmentado” -

A reforma deve começar com uma definição comum de financiamento, para que todos os intervenientes se baseiem nos mesmos critérios.

De acordo com as estimativas atuais, em teoria, faltam entre 176 bilhões e 3,9 trilhões de dólares (valor entre 982 bilhões e 21,7 trilhões de reais na cotação atual) para erradicar a fome no mundo até 2030.

A segurança nutricional e alimentar "não é apenas a distribuição de sacos de arroz em situação de urgência", diz Laborde. Também se trata de ajudar pequenos agricultores ou permitir que uma zona rural tenha eletricidade o suficiente para seu sistema de irrigação.

Os doadores, agências internacionais, as ONGs e as fundações também devem se coordenar melhor, recomenda o relatório.

"A atual logística do financiamento (...) está muito fragmentada" e existe uma "falta de consenso em torno do que se deve financiar", lamenta. "A consequência disso é uma grande quantidade de pequenas atividades de ajuda sem coordenação", acrescenta.

Outro ponto negativo do sistema atual é que as intenções dos doadores não correspondem necessariamente às necessidades das populações locais, destaca o informe.

Laborde cita como exemplo os doadores que decidiram suspender a ajuda ao Sahel pela situação geopolítica da zona, no momento em que a população precisa mais.

O relatório também apela ao desenvolvimento de instrumentos financeiros que combinem fundos públicos e privados para incentivar os agentes privados a investir na segurança alimentar, uma fonte de produtividade e estabilidade política, limitando ao mesmo tempo os seus riscos.

"Não há tempo a perder, uma vez que o custo da inação excede em muito o custo das ações recomendadas neste relatório", conclui o documento.

W.Odermatt--NZN