Zürcher Nachrichten - Milhares vão às ruas na Argentina pela universidade pública e contra ajuste de Milei

EUR -
AED 3.871792
AFN 71.988267
ALL 98.094382
AMD 410.868674
ANG 1.906245
AOA 961.366091
ARS 1052.538522
AUD 1.63374
AWG 1.892163
AZN 1.791793
BAM 1.955651
BBD 2.135527
BDT 126.390363
BGN 1.952833
BHD 0.397253
BIF 3123.6989
BMD 1.05413
BND 1.418
BOB 7.308339
BRL 6.090834
BSD 1.057624
BTN 88.860525
BWP 14.45924
BYN 3.46122
BYR 20660.940722
BZD 2.131927
CAD 1.48597
CDF 3020.080994
CHF 0.935899
CLF 0.037419
CLP 1032.498702
CNY 7.636746
CNH 7.643536
COP 4665.229874
CRC 538.289597
CUC 1.05413
CUP 27.934435
CVE 110.256594
CZK 25.283315
DJF 188.336534
DKK 7.460645
DOP 63.728768
DZD 140.897653
EGP 52.087745
ERN 15.811944
ETB 128.088825
FJD 2.402391
FKP 0.832042
GBP 0.835303
GEL 2.883024
GGP 0.832042
GHS 16.895471
GIP 0.832042
GMD 74.842956
GNF 9114.996789
GTQ 8.168377
GYD 221.16999
HKD 8.205487
HNL 26.711484
HRK 7.51938
HTG 139.049951
HUF 408.939117
IDR 16704.42328
ILS 3.935836
IMP 0.832042
INR 88.980875
IQD 1385.487793
IRR 44370.953773
ISK 144.321046
JEP 0.832042
JMD 167.976754
JOD 0.747696
JPY 163.481796
KES 136.196639
KGS 91.176507
KHR 4272.998495
KMF 491.830524
KPW 948.716266
KRW 1472.287019
KWD 0.324303
KYD 0.881441
KZT 525.604912
LAK 23240.117841
LBP 94711.629543
LKR 308.989373
LRD 194.601471
LSL 19.241542
LTL 3.11257
LVL 0.637633
LYD 5.165631
MAD 10.544046
MDL 19.217444
MGA 4919.834915
MKD 61.531399
MMK 3423.771915
MNT 3581.932422
MOP 8.480813
MRU 42.222783
MUR 49.597142
MVR 16.286331
MWK 1834.047158
MXN 21.528331
MYR 4.723033
MZN 67.361023
NAD 19.241815
NGN 1757.002205
NIO 38.919986
NOK 11.700992
NPR 142.18188
NZD 1.805341
OMR 0.405862
PAB 1.057604
PEN 4.015094
PGK 4.252898
PHP 61.869506
PKR 293.660482
PLN 4.330839
PYG 8252.409945
QAR 3.855606
RON 4.976757
RSD 117.001058
RUB 105.594971
RWF 1452.671927
SAR 3.957211
SBD 8.844589
SCR 14.357493
SDG 634.050841
SEK 11.604944
SGD 1.417272
SHP 0.832042
SLE 23.821761
SLL 22104.576241
SOS 604.488318
SRD 37.227115
STD 21818.355035
SVC 9.254382
SYP 2648.532167
SZL 19.235081
THB 36.735325
TJS 11.274326
TMT 3.699995
TND 3.336846
TOP 2.468877
TRY 36.397689
TTD 7.181521
TWD 34.318272
TZS 2803.98454
UAH 43.688434
UGX 3881.648812
USD 1.05413
UYU 45.385679
UZS 13537.967808
VES 48.987149
VND 26790.704513
VUV 125.148388
WST 2.942699
XAF 655.938101
XAG 0.034317
XAU 0.000407
XCD 2.848838
XDR 0.796758
XOF 655.910102
XPF 119.331742
YER 263.400643
ZAR 19.083868
ZMK 9488.429759
ZMW 29.037648
ZWL 339.42931
Milhares vão às ruas na Argentina pela universidade pública e contra ajuste de Milei
Milhares vão às ruas na Argentina pela universidade pública e contra ajuste de Milei / foto: Luis Robayo - AFP/Arquivos

Milhares vão às ruas na Argentina pela universidade pública e contra ajuste de Milei

Milhares de pessoas se manifestaram nesta quarta-feira (2) na Argentina em apoio à universidade pública e contra o ajuste econômico do governo de Javier Milei, determinado a vetar uma lei recém-aprovada pelo Congresso que visa melhorar o orçamento das universidades.

Tamanho do texto:

Estudantes, professores, representantes de movimentos sociais e sindicatos, assim como um grande número de manifestantes independentes sem bandeiras, se reuniram na praça em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires, epicentro do protesto, que também foi replicado nas principais cidades do país.

A manifestação repudia o veto prometido por Milei a uma lei aprovada em 13 de setembro pelo Congresso, que aumenta os salários de professores e funcionários da universidade pública para compensar o impacto da inflação, que em agosto atingiu 236% em 12 meses.

O presidente tem até quinta-feira para formalizar o veto, e os manifestantes esperavam pressionar o Congresso para que não fosse ratificado. Segundo a imprensa local, o governo estava negociando intensamente com legisladores para garantir sua confirmação.

"Não ao veto ao financiamento universitário!", dizia um cartaz com a imagem de Mafalda, a irreverente personagem de quadrinhos que é símbolo da rebeldia na Argentina. "Educação não se veta, educação se respeita", exclamava outro.

Ana Hoqui, psicóloga formada pela Universidade de Buenos Aires, contou que veio de uma cidade do interior da província de Buenos Aires e só conseguiu estudar graças ao "grande sacrifício" de seus pais.

"Jamais poderia ter me tornado uma profissional se não existisse a universidade pública e gratuita. Sinto muito orgulho de que ela tenha, além disso, tanto prestígio", disse a mulher de 30 anos, referindo-se a essa instituição que já conquistou cinco prêmios Nobel.

O governo qualificou a marcha como "política" e as reivindicações por aumentos salariais dos professores como "injustificadas", em um cenário social cada vez mais tenso e um declínio acentuado da popularidade do presidente, segundo as pesquisas.

Milei compartilhou nesta quarta uma charge que mostra um manifestante como marionete sendo controlado pelo senador Martín Lousteau, que por sua vez é controlado pela ex-presidente Cristina Kirchner.

A marcha capitalizou o descontentamento social diante da recessão e de um aumento da pobreza em 11 pontos percentuais no primeiro semestre do governo Milei, que alcançou 53% da população e é considerado o maior nível em mais de duas décadas.

- 'Anos de muita luta' -

Lousteau afirmou ao canal de notícias LN+ que "a educação universitária é a única coisa que permite pensar que o futuro pode ser diferente, que alguém na família consiga um diploma universitário".

No discurso de encerramento do ato, a presidente da Federação Universitária Argentina, Piera Fernández, pediu a Milei que "o veto não prospere".

"Estudantes de toda a Argentina pedimos, em um grito de socorro para salvar o sistema: promulgue a Lei de Financiamento Universitário!", declarou.

Mas o governo chamou os legisladores de "degenerados fiscais" por aprovarem uma lei cujo impacto fiscal foi estimado em 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Gabinete de Orçamento do Congresso.

"O que nos opomos é que o Congresso aprove leis que não tenham um item orçamentário atribuído, ou seja, que não possam ser financiadas", disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni na segunda-feira.

"Sinto medo", afirmou à AFP Manuel Domínguez, um aluno de ciências sociais de 20 anos. "Serão anos de muita luta [porque] não pode um professor ganhar o mesmo que um motorista de ônibus", acrescentou.

Em 23 de abril, estudantes e professores universitários organizaram uma enorme marcha em defesa do setor, a maior até agora contra uma política de Milei, após a qual o governo reforçou fundos para despesas de infraestruturas e hospitais universitários.

M.Hug--NZN