Djokovic vence Fritz e vai à semifinal do US Open
O sérvio Novak Djokovic derrotou o americano Taylor Fritz nesta terça-feira (5) e se classificou pela 13ª vez às semifinais do US Open.
Djokovic fechou o jogo em 3 sets a 0, com parciais de 6-1, 6-4 e 6-4, em duas horas e 35 minutos na quadra central de Flushing Meadows.
Em mais um recorde de sua lendária carreira, Djokovic se classificou para sua 47ª semifinal de Grand Slam, superando a melhor marca anterior, que pertencia a Roger Federer.
Em seu retrospecto em Flushing Meadows, 'Nole' segue invicto há 13 partidas nas quartas de final e apenas Jimmy Connors tem mais participações nas semifinais deste Grand Slam, com 14.
"Este é o esporte que tanto me deu. Vindo da Sérvia, um país devastado pela guerra, na minha infância enfrentei muitas adversidades", lembrou o astro de Belgrado, de 36 anos.
"Tive muita sorte de encontrar pessoas que acreditaram em mim. Sem elas eu não estaria aqui", admitiu. "Não sei quantas chances mais terei, então tento aproveitar o máximo que posso".
Seu último obstáculo até a final de domingo será o vencedor do duelo de terça à noite entre os americanos Frances Tiafoe e Ben Shelton.
"Vou jogar contra outro americano e tenho que estar preparado", reconheceu Djokovic. "Tanto Tiafoe quanto Shelton são muito carismáticos, muito dinâmicos, trazem muita paixão e velocidade para a quadra".
Após 2 horas e 34 minutos de partida, em que viveu alguns momentos de tensão no terceiro set, Djokovic compartilhou sua emoção com o público, pedindo que se juntassem a ele para cantar uma música da banda americana Beastie Boys que havia sido tocada pouco antes no estádio.
"You gotta fight ... for your right ... to party!!" (Você tem que lutar pelo seu direito de festejar!!", em português), entoou Djokovic no mesmo palco onde seu grande rival pelo título, o espanhol Carlos Alcaraz, também foi incentivado a cantar uma música do colombiano Sebastián Yatra na semana passada.
- 'Combustível para o meu melhor tênis' -
Após não participar do torneio em 2022 por se recusar a se vacinar contra o coronavírus, o sérvio avança determinado a conquistar seu quarto troféu no Aberto dos Estados Unidos e a aumentar sua vantagem na corrida pelos títulos do Grand Slam em relação ao espanhol Rafael Nadal, que tem 22.
Nesta terça-feira, Taylor Fritz não teve tênis nem energia para incomodar Djokovic, contra quem já havia perdido nos sete duelos anteriores.
Sob calor e umidade escaldantes na quadra central, o californiano começou o duelo com os nervos à flor da pele e o braço rígido.
Fritz, cujo único título importante foi Indian Wells em 2022, lutava por sua primeira semifinal de Grand Slam e era o único jogador que não havia perdido um set antes destas quartas de final.
Mas ele se chocou com o inexpugnável tênis defensivo de Djokovic, acumulando um total de 50 erros não forçados, contra 26 do sérvio.
A temperatura de Djokovic só subiu no terceiro set, quando se estranhou com o público enquanto Fritz lutava para prolongar a partida.
O americano reanimou a torcida ao abrir 3-2 e obter dois break points, mas Djokovic respondeu com um backhand espetacular e comemorou com gritos intimidadores e olhares desafiadores para a torcida.
Pouco depois, ele repreendeu um torcedor que gritou durante um ponto que Djokovic acabou perdendo.
Veterano de mil batalhas, o sérvio não perdeu a concentração e resolveu o duelo na quadra rápida, abrindo caminho para um provável duelo com Alcaraz, que disputará as quartas de final nesta quarta-feira contra Alexander Zverev.
"É esperado que as pessoas apoiem o jogador local. Estou bem com isso e uso essa energia como combustível para jogar o meu melhor tênis", disse Djokovic, já pensando nos próximos desafios.
"Joguei muitas partidas épicas nesta quadra e estou ansioso para jogar outra nos próximos dias", afirmou, mostrando confiança.
Y.Keller--NZN