Ministro da Economia será o candidato do governo à Presidência da Argentina
O ministro da Economia, Sergio Massa, será candidato à Presidência da Argentina pelo peronismo de centro-esquerda no poder, anunciou sua coalizão União pela Pátria, que conseguiu formular uma chapa de unidade a quase 24 horas do fechamento das inscrições.
Massa será acompanhado pelo candidato a vice-presidente Agustín Rossi, chefe de gabinete do presidente Alberto Fernández, informou a aliança em mensagem no Twitter. Assim, ficam descartadas as candidaturas do embaixador no Brasil, Daniel Scioli, e do ministro do Interior, Eduardo "Wado" de Pedro.
"Por responsabilidade institucional, política e social, nosso grupo decidiu formar uma lista de unidade [...] Nosso candidato a presidente será @SergioMassa e o acompanhará como candidato a vice-presidente @RossiAgustinOk", publicou a coalizão governista.
A Argentina realizará eleições primárias obrigatórias em 13 de agosto. O primeiro turno das eleições presidenciais acontecerá em 22 de outubro.
A coalizão opositora de centro-direita Juntos pela Mudança vai para as primárias com dois candidatos: o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e a ex-ministra de Segurança Patricia Bullrich.
Massa, um carismático advogado de 51 anos, tem sido ministro da Economia desde julho de 2022, em meio a uma grave crise econômica, com alta inflação (114% em termos anuais) e perda de reservas internacionais.
Ele também tem sido o principal interlocutor com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual a Argentina tem um programa de facilidades estendidas no valor de 44 bilhões de dólares (R$ 210 bilhões), que está sendo renegociado atualmente para flexibilizar algumas de suas metas, em meio à severa seca que afeta o setor agropecuário, a principal fonte de receita do país.
Antes de sua nomeação como ministro, Massa presidia a Câmara dos Deputados desde 2019.
Entre 2008 e 2009, ele foi chefe de gabinete da então presidente Cristina Kirchner, atual vice-presidente, da qual se tornou um feroz opositor até se reconciliar para as eleições há quatro anos, quando a chapa Fernández-Kirchner saiu vitoriosa.
L.Zimmermann--NZN