Presidente da China pede esforços para 'salvaguardar a paz' e contra o protecionismo
O presidente da China, Xi Jinping, fez um apelo nesta terça-feira (4) por esforços para salvaguardar a "paz regional" e expressou oposição ao "protecionismo" ao discursar na reunião de cúpula virtual da Organização para Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês).
A associação internacional com sede em Pequim foi criada por China, Rússia e quatro repúblicas do centro da Ásia (Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão). Desde 2017, o grupo também conta com Índia e Paquistão como países membros.
No encontro virtual organizado pela Índia, Xi pediu "esforços para salvaguardar a paz regional e garantir a segurança comum", destacou a agência estatal de notícias Xinhua.
Também fez um apelo aos países membros da organização para que "sigam na direção correta e melhorem a solidariedade e confiança mútua", acrescentou a agência.
Em seu discurso, Xi disse que a China "persistirá na direção correta da globalização econômica, com oposição ao protecionismo, às sanções unilaterais e à extensão dos conceitos de segurança nacional".
O presidente da Rússia, Vladimir Putin também discursou na reunião de cúpula, a primeira em que participa desde o motim abortado do grupo paramilitar Wagner. Ele criticou as sanções dos países ocidentais contra Moscou.
"A Rússia está resistindo de maneira segura e continuará resistindo às pressões externas, sanções e provocações", afirmou Putin.
"O povo russo está consolidado como nunca antes", declarou o presidente russo. "Toda a sociedade (...) se uniu contra a tentativa de motim armado" do grupo Wagner, acrescentou.
Ele também agradeceu aos "colegas da Organização para Cooperação de Xangai que expressaram apoio às ações das autoridades russas para defender a ordem constitucional, a vida e a segurança dos cidadãos".
China e Rússia aumentaram nos últimos anos a cooperação econômica e os contatos diplomáticos. A aliança ficou ainda mais intensa desde o início da invasão da Ucrânia.
O gigante asiático se apresenta como um ator neutro no conflito da Ucrânia, mas os países ocidentais criticam o fato de Pequim não ter condenado a invasão de Moscou.
A.Ferraro--NZN