Zürcher Nachrichten - Inabilitações, guerra anunciada contra a oposição na Venezuela

EUR -
AED 3.877778
AFN 71.271515
ALL 98.59535
AMD 413.462933
ANG 1.903582
AOA 961.768186
ARS 1064.199874
AUD 1.625379
AWG 1.900348
AZN 1.843346
BAM 1.962322
BBD 2.132637
BDT 126.220694
BGN 1.953954
BHD 0.398005
BIF 3057.448572
BMD 1.055749
BND 1.418481
BOB 7.299086
BRL 6.272703
BSD 1.056286
BTN 89.185255
BWP 14.429753
BYN 3.456606
BYR 20692.676798
BZD 2.129025
CAD 1.481031
CDF 3029.999267
CHF 0.931894
CLF 0.037395
CLP 1031.83636
CNY 7.651543
CNH 7.651582
COP 4628.930685
CRC 539.49815
CUC 1.055749
CUP 27.977344
CVE 111.566223
CZK 25.273042
DJF 187.628206
DKK 7.458184
DOP 63.819976
DZD 140.950899
EGP 52.437454
ERN 15.836232
ETB 133.507054
FJD 2.395125
FKP 0.83332
GBP 0.833115
GEL 2.887506
GGP 0.83332
GHS 16.46934
GIP 0.83332
GMD 74.957898
GNF 9112.168509
GTQ 8.149084
GYD 220.979199
HKD 8.215206
HNL 26.714787
HRK 7.53093
HTG 138.531727
HUF 412.322879
IDR 16777.537888
ILS 3.858672
IMP 0.83332
INR 89.126896
IQD 1383.711919
IRR 44420.631553
ISK 144.69047
JEP 0.83332
JMD 166.844513
JOD 0.748843
JPY 159.901629
KES 136.719246
KGS 91.632997
KHR 4254.667825
KMF 495.093088
KPW 950.173534
KRW 1471.117329
KWD 0.324558
KYD 0.880213
KZT 530.86939
LAK 23192.531954
LBP 94586.320986
LKR 307.364447
LRD 189.06568
LSL 19.163992
LTL 3.117351
LVL 0.638612
LYD 5.168177
MAD 10.583374
MDL 19.345019
MGA 4942.308894
MKD 61.472338
MMK 3429.030973
MNT 3587.434421
MOP 8.464713
MRU 41.989559
MUR 49.324477
MVR 16.311093
MWK 1831.543826
MXN 21.751081
MYR 4.682246
MZN 67.459492
NAD 19.163992
NGN 1778.999815
NIO 38.869183
NOK 11.691906
NPR 142.691862
NZD 1.791758
OMR 0.406453
PAB 1.056286
PEN 3.982252
PGK 4.259054
PHP 61.948222
PKR 293.502746
PLN 4.303968
PYG 8256.440554
QAR 3.849804
RON 4.975428
RSD 116.964263
RUB 119.459751
RWF 1455.416446
SAR 3.965957
SBD 8.858356
SCR 14.310718
SDG 635.020591
SEK 11.530414
SGD 1.415928
SHP 0.83332
SLE 23.964355
SLL 22138.529802
SOS 603.692095
SRD 37.363475
STD 21851.868948
SVC 9.242806
SYP 2652.600424
SZL 19.160863
THB 36.476158
TJS 11.328181
TMT 3.705678
TND 3.318233
TOP 2.472671
TRY 36.582468
TTD 7.169897
TWD 34.221567
TZS 2793.100662
UAH 43.977519
UGX 3897.862374
USD 1.055749
UYU 45.269382
UZS 13570.781589
VES 49.405441
VND 26800.1837
VUV 125.340621
WST 2.947219
XAF 658.134983
XAG 0.035064
XAU 0.0004
XCD 2.853214
XDR 0.807966
XOF 658.144365
XPF 119.331742
YER 263.857985
ZAR 19.2052
ZMK 9503.007093
ZMW 28.809066
ZWL 339.950688
Inabilitações, guerra anunciada contra a oposição na Venezuela
Inabilitações, guerra anunciada contra a oposição na Venezuela / foto: Yuri CORTEZ - AFP

Inabilitações, guerra anunciada contra a oposição na Venezuela

Uma arma antiga no arsenal do chavismo, no poder na Venezuela, a inabilitação política de adversários, volta a mirar na rachada oposição com vistas às eleições presidenciais de 2024, nas quais Nicolás Maduro tentará um novo mandato.

Tamanho do texto:

Na semana passada, a ex-deputada radical Maria Corina Machado engrossou a longa lista de dirigentes inabilitados para ocupar cargos públicos na Venezuela.

Mesmo excluída, Machado pretende se tornar candidata da oposição às presidenciais, através das primárias previstas para 22 de outubro. Outros dois importantes pré-candidatos às primárias - Henrique Capriles, duas vezes candidato à Presidência, e Freddy Superlano - também estão impedidos de ocupar cargos públicos.

"Era muito esperado que isto ocorresse e eu não sinto que vá acabar aqui, vai escalar", disse à AFP o doutor em ciências políticas e professor universitário Daniel Varnagy.

A lei faculta a Controladoria a inabilitar funcionários pela via administrativa, embora a Constituição estabeleça que só uma sentença judicial transitada em julgado impeça alguém de se candidatar à Presidência.

"O candidato que vencer as primárias será o candidato que os venezuelanos e a comunidade internacional vão reconhecer", disse na terça-feira Machado, de 55 anos, que aparece como favorita nas pesquisas.

- "Mensagem contrária" -

O tema foi o ponto alto das negociações no México entre o governo Maduro e a oposição, em prol de acordos que permitissem aos inabilitados se candidatar, mas os diálogos estão estagnados há mais de seis meses, sem sinais de desbloqueio.

As inabilitações enviam uma "mensagem contrária" à realização de "eleições livres e justas", criticou, na quinta-feira, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, lembrando que a Casa Branca tem se mostrado disposta a suspender progressivamente as sanções contra a Venezuela se houver avanços para eleições presidenciais limpas.

As primárias já tinham sofrido um golpe com a renúncia em bloco dos diretores vinculados ao chavismo no Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O Parlamento governista nomeará novas autoridades: a esposa de Maduro, a deputada Cilia Flores, está na comissão para iniciar o processo de pré-candidaturas.

Também está sobre a mesa um recurso judicial contra o processo: Luis Ratti, empresário dissidente do chavismo que pretende se candidatar em 2024, o impugnou, ao questionar a imparcialidade dos organizadores, que anunciaram uma votação manual, sem apoio técnico do CNE, após as demissões.

- "Todos" sob ameaça -

Deputada entre 2011 e 2014, Machado foi inabilitada por 12 meses pela Controladoria em julho de 2015.

Na sexta-feira passada, este mesmo organismo notificou a extensão da sanção a 15 anos, ao vincular a ex-parlamentar a acusações de "corrupção" contra Juan Guaidó, opositor reconhecido por Washington como presidente encarregado da Venezuela entre janeiro de 2019 e janeiro de 2023 por denúncias de "fraude" contra a reeleição de Maduro em 2018.

Ao mesmo tempo, ressaltou seus pedidos de intervenção estrangeira.

Este argumento "abre a janela" a que "a maioria dos pré-candidatos com algum tipo de possibilidade de acumular votos nas primárias possam ser alvo de uma inabilitação", disse à AFP Eugenio Martínez, jornalista e especialista eleitoral.

"São aplicáveis a todos os deputados que integraram a (opositora) Assembleia Nacional de 2015" e "a todas as pessoas, dirigentes políticos ou não, que integraram o governo interino" ou "apoiaram sua agenda", expressou Martínez.

Assim como os Estados Unidos, a União Europeia criticou as inabilitações, ao alegar que bloqueiam os "direitos políticos" básicos.

- "Marionetes" -

Maduro justificou as inabilitações com uma referência à declaração de inelegibilidade por oito anos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Foi inabilitado porque ele questionou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro em público e diante de alguns embaixadores. Ah? Vamos tirar conclusões", disse o presidente venezuelano em seu programa na TV estatal. "Imaginem aquelas pessoas que pedem a invasão da Venezuela, aquelas pessoas que pediram sanções criminosas contra a economia e a sociedade venezuelana, aquelas pessoas que usurpam cargos".

Martínez lembrou que negociações paralelas às realizadas no México permitiram a candidatura de inabilitados às eleições de governadores e prefeitos em 2021, embora tenha destacado que "a dimensão das presidenciais de 2024 tem outro tom".

"O governo está mirando em candidatos opositores fantoches, marionetes, para enfrentar Maduro", avaliou Varnagy.

F.Schneider--NZN