Zürcher Nachrichten - Venezuela realiza eleições presidenciais sob tensão e incerteza

EUR -
AED 3.878126
AFN 71.788991
ALL 98.337109
AMD 418.085316
ANG 1.902698
AOA 961.860832
ARS 1065.581837
AUD 1.623649
AWG 1.900531
AZN 1.797407
BAM 1.957089
BBD 2.131494
BDT 126.153104
BGN 1.960514
BHD 0.397977
BIF 3118.928467
BMD 1.055851
BND 1.418962
BOB 7.294771
BRL 6.326022
BSD 1.05569
BTN 89.144147
BWP 14.421842
BYN 3.454357
BYR 20694.670774
BZD 2.127912
CAD 1.479495
CDF 3030.291364
CHF 0.931867
CLF 0.037421
CLP 1032.525301
CNY 7.649428
CNH 7.653786
COP 4632.016362
CRC 539.152618
CUC 1.055851
CUP 27.98004
CVE 110.338209
CZK 25.260269
DJF 187.994733
DKK 7.458952
DOP 63.743501
DZD 141.019371
EGP 52.358705
ERN 15.837758
ETB 130.783335
FJD 2.395355
FKP 0.833401
GBP 0.832623
GEL 2.887735
GGP 0.833401
GHS 16.310668
GIP 0.833401
GMD 74.965981
GNF 9098.036486
GTQ 8.145559
GYD 220.796497
HKD 8.217986
HNL 26.709595
HRK 7.531655
HTG 138.404452
HUF 412.468245
IDR 16737.131744
ILS 3.855407
IMP 0.833401
INR 89.185159
IQD 1382.94377
IRR 44424.912138
ISK 144.926341
JEP 0.833401
JMD 166.330359
JOD 0.748919
JPY 159.876961
KES 136.95392
KGS 91.647615
KHR 4254.903697
KMF 492.539041
KPW 950.265094
KRW 1473.170197
KWD 0.324706
KYD 0.8798
KZT 540.633586
LAK 23169.372723
LBP 94535.928598
LKR 306.880707
LRD 189.499321
LSL 19.183647
LTL 3.117652
LVL 0.638673
LYD 5.150417
MAD 10.564559
MDL 19.330192
MGA 4929.270538
MKD 61.583358
MMK 3429.361399
MNT 3587.780111
MOP 8.462575
MRU 42.111941
MUR 49.098837
MVR 16.31292
MWK 1830.6146
MXN 21.490729
MYR 4.695367
MZN 67.472677
NAD 19.184192
NGN 1780.322276
NIO 38.845406
NOK 11.676836
NPR 142.630634
NZD 1.792327
OMR 0.406505
PAB 1.0557
PEN 3.96151
PGK 4.256804
PHP 61.969999
PKR 293.478441
PLN 4.305954
PYG 8233.423832
QAR 3.848053
RON 4.978256
RSD 117.00194
RUB 114.16436
RWF 1469.502841
SAR 3.966855
SBD 8.85921
SCR 14.416445
SDG 635.087268
SEK 11.525628
SGD 1.41721
SHP 0.833401
SLE 23.966772
SLL 22140.663103
SOS 603.311721
SRD 37.382386
STD 21853.974625
SVC 9.237129
SYP 2652.856032
SZL 19.192097
THB 36.301726
TJS 11.507035
TMT 3.706035
TND 3.334897
TOP 2.472908
TRY 36.53728
TTD 7.17376
TWD 34.364237
TZS 2793.369835
UAH 43.90433
UGX 3895.566234
USD 1.055851
UYU 45.220003
UZS 13581.010909
VES 49.410088
VND 26790.095998
VUV 125.352699
WST 2.947503
XAF 656.401843
XAG 0.034944
XAU 0.0004
XCD 2.853489
XDR 0.807551
XOF 656.392512
XPF 119.331742
YER 263.883423
ZAR 19.130692
ZMK 9503.924587
ZMW 28.476624
ZWL 339.983446
Venezuela realiza eleições presidenciais sob tensão e incerteza
Venezuela realiza eleições presidenciais sob tensão e incerteza / foto: Ronald PEÑA - AFP/Arquivos

Venezuela realiza eleições presidenciais sob tensão e incerteza

"Até o fim!", grita a oposição. "Vitória por derrota!", respondem os apoiadores do presidente Nicolás Maduro. Sob pressão internacional, a Venezuela vai às urnas neste domingo (28) para eleger presidente em um clima de tensão e incerteza.

Tamanho do texto:

O presidente, de 61 anos, enfrenta as eleições mais difíceis em 25 anos de chavismo, 11 sob seu comando. Ele afirma que a sua vitória garante a paz no país e que uma eventual chegada da oposição ao poder poderá terminar em um "banho de sangue", declaração que disparou os alarmes na região.

A maioria das pesquisas favorecem Edmundo González Urrutia, representante da líder da oposição María Corina Machado, que não pôde ser candidata após receber uma inabilitação política.

Junto com ela, o diplomata de 74 anos promete "mudança", "reconciliação" e o retorno de milhões de migrantes que fugiram da crise venezuelana.

São 10 candidatos no total: Maduro, que busca um terceiro mandato consecutivo de seis anos, González e outros oito minoritários.

González Urrutia era desconhecido até ser ungido pela carismática Machado e agora aparece como favorito na maioria das pesquisas depois de uma crise que levou a uma redução de 80% do PIB em uma década, anos de hiperinflação e dolarização parcial da economia.

O chavismo afirma que estas pesquisas são "fabricadas" para justificar uma denúncia de fraude.

"Aos que alguma vez se opuseram a nós, apelo à sua razão benevolente, ao seu bom senso e ao seu patriotismo", disse o presidente, que pediu também um "voto de confiança" aos indecisos.

- Transformações x mudança de governo -

Cerca de 21 milhões dos 30 milhões de venezuelanos estão nos cadernos eleitorais, embora se estime que apenas 17 milhões que ainda estão na Venezuela possam votar.

A participação é fundamental, segundo fontes próximas ao processo. O chavismo, segundo analistas, aposta que será baixa e que o seu teto de popularidade de 30% pode lhe dar a vitória, enquanto a oposição precisa de mais votos para diluir a força oficial.

Maduro encerrou sua campanha na quinta-feira com um grande comício na emblemática Avenida Bolívar, em Caracas, depois de estampar o país com seu rosto em cartazes, murais e outdoors gigantescos.

González e a oposição, que centraram a sua campanha nas redes sociais devido à escassez de recursos e, em muitos casos, ao clima de censura e autocensura nos veículos de comunicação tradicionais, transbordaram outra avenida em Caracas no seu último comício pré-eleitoral.

Embora esteja no poder há dois mandatos, Maduro fala em "transformações" e culpa as sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela pelos males do país. González e Machado agitam bandeiras de "mudança", falam de "liberdade" e defendem uma economia de mercado após décadas de controle estatal.

"Embora seja pouco provável que as eleições na Venezuela sejam livres ou justas, os venezuelanos têm a melhor oportunidade em mais de uma década para eleger o seu próprio governo", disse Juanita Goebertus, diretora da Divisão das Américas da Human Rights Watch.

- "Inaceitável" -

Os presidentes do Brasil e do Chile, Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric, expressaram esta semana sua preocupação com o alerta sobre um "banho de sangue" de Maduro, que também levantou a possibilidade de um levante militar caso González vença.

"Não se pode ameaçar nenhum ponto de vista com banhos de sangue (...), o que os líderes e candidatos recebem são banhos de votos", disse Boric na quinta-feira, reiterando uma fala do presidente Lula.

"O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora. Vai embora e se prepara para disputar outra eleição", declarou Lula na segunda-feira.

Maduro disse que as Forças Armadas estão ao seu lado, enquanto González Urrutia pediu aos militares que "respeitem e garantam o respeito" pelo resultado.

John Kirby, porta-voz da Segurança Interna da Casa Branca, alertou na quinta-feira que "a repressão política e a violência são inaceitáveis" e disse esperar que a votação "reflita a vontade e as aspirações do povo".

A.Wyss--NZN