Zürcher Nachrichten - A Venezuela de Maduro 'é insustentável', afirma líder opositora

EUR -
AED 3.859481
AFN 71.756324
ALL 98.731551
AMD 410.573973
ANG 1.898343
AOA 958.299952
ARS 1057.5828
AUD 1.620305
AWG 1.891382
AZN 1.787514
BAM 1.965786
BBD 2.126704
BDT 125.86941
BGN 1.959578
BHD 0.396069
BIF 3111.577045
BMD 1.050768
BND 1.419397
BOB 7.30511
BRL 6.108936
BSD 1.053351
BTN 88.798959
BWP 14.389096
BYN 3.447011
BYR 20595.049833
BZD 2.123186
CAD 1.482918
CDF 3015.70356
CHF 0.930769
CLF 0.037175
CLP 1025.730425
CNY 7.626681
CNH 7.631617
COP 4607.354324
CRC 536.765442
CUC 1.050768
CUP 27.845348
CVE 110.825881
CZK 25.294035
DJF 187.56281
DKK 7.458928
DOP 63.475202
DZD 140.754561
EGP 52.127224
ERN 15.761518
ETB 131.339448
FJD 2.392545
FKP 0.829389
GBP 0.835949
GEL 2.868323
GGP 0.829389
GHS 16.589273
GIP 0.829389
GMD 74.604443
GNF 9077.02445
GTQ 8.133083
GYD 220.369466
HKD 8.177732
HNL 26.61696
HRK 7.495399
HTG 138.250992
HUF 410.051453
IDR 16731.48153
ILS 3.832965
IMP 0.829389
INR 88.571851
IQD 1379.809363
IRR 44224.189139
ISK 145.100113
JEP 0.829389
JMD 167.167612
JOD 0.745307
JPY 161.712177
KES 136.073015
KGS 91.195508
KHR 4227.434928
KMF 492.757542
KPW 945.690665
KRW 1469.37254
KWD 0.323384
KYD 0.877759
KZT 525.96186
LAK 23132.512015
LBP 94323.056453
LKR 306.507041
LRD 189.587683
LSL 19.044143
LTL 3.102644
LVL 0.635599
LYD 5.155188
MAD 10.582559
MDL 19.254813
MGA 4922.003534
MKD 61.670427
MMK 3412.852984
MNT 3570.509093
MOP 8.44098
MRU 41.88499
MUR 49.722097
MVR 16.234917
MWK 1826.47842
MXN 21.614084
MYR 4.693253
MZN 67.14173
NAD 19.044143
NGN 1768.579028
NIO 38.756512
NOK 11.690218
NPR 142.081414
NZD 1.79828
OMR 0.404533
PAB 1.053351
PEN 3.989366
PGK 4.24307
PHP 62.032083
PKR 292.554261
PLN 4.316456
PYG 8206.689576
QAR 3.842446
RON 4.977699
RSD 117.01459
RUB 110.961597
RWF 1438.192258
SAR 3.946062
SBD 8.816563
SCR 14.31215
SDG 632.036594
SEK 11.54187
SGD 1.415316
SHP 0.829389
SLE 23.854978
SLL 22034.081378
SOS 601.952158
SRD 37.295921
STD 21748.772974
SVC 9.216821
SYP 2640.085594
SZL 19.038716
THB 36.517315
TJS 11.227816
TMT 3.688195
TND 3.340977
TOP 2.461006
TRY 36.403794
TTD 7.154344
TWD 34.123163
TZS 2784.535199
UAH 43.712558
UGX 3902.826164
USD 1.050768
UYU 44.896792
UZS 13512.64356
VES 48.945141
VND 26707.891792
VUV 124.74927
WST 2.933314
XAF 659.299937
XAG 0.034685
XAU 0.000402
XCD 2.839753
XDR 0.805693
XOF 659.306243
XPF 119.331742
YER 262.61318
ZAR 19.049477
ZMK 9458.171236
ZMW 29.044545
ZWL 338.346819
A Venezuela de Maduro 'é insustentável', afirma líder opositora
A Venezuela de Maduro 'é insustentável', afirma líder opositora / foto: John Lamparski - GETTY IMAGES/AFP

A Venezuela de Maduro 'é insustentável', afirma líder opositora

María Corina Machado liga a câmera. Atrás dela, o fundo neutro de suas últimas aparições desde que passou à clandestinidade. Em entrevista à AFP, a líder da oposição declarou que o poder do presidente Nicolás Maduro "é insustentável” após a sua reeleição.

Tamanho do texto:

María Corina liderou uma campanha eleitoral que afirma ter resultado em uma vitória esmagadora da oposição, embora a autoridade eleitoral do país tenha proclamado Maduro vencedor.

“Ninguém tem dúvida de que Edmundo González ganhou", disse a opositora, de 56 anos, vestindo uma camisa branca. “O regime está absolutamente deslegitimado (...) é um pária em nível internacional. Isto é uma situação insustentável. Maduro tenta transmitir aos apoiadores que lhe restam que isto é estabilizável, que o mundo vai virar a página e que os venezuelanos vão se calar. Isso não vai acontecer. Este sistema é inviável financeiramente, diplomaticamente, e, o mais importante, socialmente."

- Desafio pessoal -

O resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - 52% para Maduro - foi validado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Os dois são acusados de servir ao governante de esquerda. Já a oposição se apoia na cópia de 80% das atas de votação, que afirma provarem a vitória de González Urrutia, que substituiu María Corina após a sua inabilitação.

A situação do antichavismo, no entanto, é precária. González Urrutia exilou-se na Espanha neste mês e María Corina se mantém na clandestinidade, que interrompeu algumas vezes para participar de manifestações.

"É uma mudança enorme e um grande desafio pessoal. Foram muitos meses em contato com milhares de pessoas o tempo todo, ouvindo-as, abraçando-as, beijando-as e, de repente, não ter contato direto há semanas", descreveu a opositora.

Dezenas de líderes da oposição foram detidos, somando-se aos mais de 2.400 presos e acusados de terrorismo por participação em protestos após o anúncio dos resultados.

“O que Maduro tem hoje? Noventa por cento de um país contra ele, 90% de um país que quer mudança. A única coisa que lhe resta é a violência e semear o terror."

Dois meses após as eleições, María Corina convocou pequenas manifestações para este sábado, apesar do medo de novas prisões. “Não é uma concentração de 50 mil pessoas, são 1.000 assembleias, com 50 em cada. É muito potente."

- Custo -

A líder opositora comemorou o apoio internacional que sua causa recebeu, e destacou que países aliados, como Brasil, Colômbia e México, não reconheceram a vitória de Maduro, além dos discursos de vários governantes sobre a Venezuela na Assembleia Geral da ONU: “Vimos um nível de apoio total, de alinhamento total.”

María Corina também destacou o apoio recebido dos Estados Unidos, da União Europeia e do G7. “Não se trata apenas de exigir o fim da repressão e o respeito à vontade popular. Diretamente, esses países falam em uma transição para a democracia”.

"Quando Maduro terá incentivos reais para se sentar e negociar uma transição? No dia em que o custo de permanecer no poder for maior do que o custo de deixá-lo. Então, deve-se diminuir o custo de deixar o poder e aumentar o custo de se aferrar a ele, o que é exatamente o que estamos fazendo", continuou a opositora. "É um processo que está em andamento, e ninguém pode dizer quanto tempo vai durar."

- Onda migratória -

María Corina alertou para o risco de uma nova onda migratória. “Maduro quer que milhões de venezuelanos vão embora. Estamos em tempo de evitar a maior e mais dolorosa onda migratória de todo este hemisfério."

Segundo a ONU, cerca de 8 milhões dos 30 milhões de venezuelanos deixaram o país fugindo da crise desde 2014. Em sua campanha, María Corina insistiu no risco de mais 5 milhões de pessoas fugirem se Maduro permanecer no poder.

“Não é que acham que não vai haver uma mudança, mas, talvez, não possam esperar. Quando você está passando fome, não pode matricular seu filho na escola, não pode pagar um remédio, não pode esperar que esses processos se consolidem", comentou a opositora, sem deixar de se mostrar otimista.

Em 10 de janeiro, dia da cerimônia de posse, “Edmundo González Urrutia deve prestar juramento como presidente", declarou María Corina, descartando uma cerimônia simbólica no exterior: "Isso não existe, ele vai prestar juramento na Venezuela."

"Estou onde me sinto mais útil para a luta, na Venezuela”, disse a opositora, sobre a possibilidade de exílio. “Estou aqui acompanhando os venezuelanos como uma luta que continua, que é muito maior do que qualquer um de nós."

D.Graf--NZN