Zürcher Nachrichten - Israel bombardeia intensamente sul de Beirute

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Israel bombardeia intensamente sul de Beirute
Israel bombardeia intensamente sul de Beirute / foto: Rabih DAHER - AFP

Israel bombardeia intensamente sul de Beirute

Israel bombardeava intensamente na madrugada deste sábado (28) os subúrbios do sul de Beirute, após atacar na véspera o quartel-general do Hezbollah com o objetivo, segundo a mídia israelense, de matar o líder do movimento islamista, Hassan Nasrallah.

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As chamas de múltiplos incêndios iluminavam o céu noturno de Beirute. A emissora local Al-Manar, afiliada ao Hezbollah, relatou "ataques sionistas sucessivos" contra pelo menos cinco bairros no sul da capital, reduto deste poderoso ator político e militar libanês.

Centenas de famílias fugiram da região após um aviso do Exército israelense de que realizaria ataques. Mergulhadas na escuridão devido à falta de eletricidade, as ruas, normalmente desertas nesse horário, ficaram cheias de congestionamentos.

"Estávamos em casa quando recebemos a ordem de evacuar. Pegamos nossos documentos de identidade, nossas coisas e saímos", disse à AFP Radwan Msallam, um refugiado sírio e pai de seis filhos que agora não tem "nenhum lugar para ir".

A nova campanha de bombardeios contra a capital libanesa começou na tarde de sexta-feira, poucas horas depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarar na ONU que os ataques continuariam "até que todos os seus objetivos fossem alcançados".

- Silêncio do Hezbollah sobre líder -

Mais cedo, o Exército garantiu ter bombardeado o "quartel-general" do Hezbollah com o objetivo, segundo meios israelenses, de matar seu líder, Hassan Nasrallah.

Uma fonte próxima ao movimento islamista garantiu à AFP que Nasrallah está "bem". No entanto, mais de dez horas após o ataque, não houve nenhuma comunicação oficial por parte do grupo sobre a saúde de seu líder.

Na madrugada deste sábado, o Exército israelense anunciou uma nova rodada de "bombardeios seletivos" contra depósitos de armas do Hezbollah escondidos "sob edifícios civis" no sul de Beirute, acusações que o movimento pró-iraniano classificou como "falsas".

O Ministério da Saúde libanês informou que os ataques aéreos deste sábado em Beirute causaram pelo menos seis mortes e 91 feridos, embora os socorristas ainda estejam buscando possíveis sobreviventes sob os escombros.

A Força Aérea israelense também atacou "alvos terroristas" na cidade de Tiro e anunciou ter matado vários comandantes do Hezbollah no sul do Líbano, incluindo o comandante da unidade de mísseis e seu adjunto.

Além disso, aeronaves israelenses sobrevoam o aeroporto de Beirute e seus arredores para impedir que o Irã envie carregamentos de armas para o Hezbollah, explicou o Exército.

- "Deter Netanyahu" -

Esta nova série de bombardeios e o discurso bélico de Netanyahu na Assembleia Geral da ONU, boicotado por várias delegações, inclusive do Brasil, praticamente acabam com as esperanças de um cessar-fogo temporário de 21 dias proposto no início da semana por Estados Unidos e França.

"Ninguém parece capaz de deter Netanyahu", lamentou o alto representante da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que disse que os únicos que podem conter a escalada são os Estados Unidos, principal aliado e fornecedor de armas a Israel.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu para que ambas as partes "parem de atirar", enquanto o presidente Joe Biden afirmou que Washington não foi informado sobre a nova operação israelense.

O Irã, aliado do Hezbollah e do movimento palestino Hamas, garantiu que os novos ataques contra Beirute constituem um "crime de guerra" e prometeu um "castigo justo".

Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, denunciou a "cumplicidade dos Estados Unidos nos crimes" de Israel e as "ameaças escandalosas" feitas por Netanyahu em Nova York.

- "Guerra genocida" -

 

No denso bairro de Haret Hreik, em Beirute, onde está localizada a sede do Hezbollah, os projéteis israelenses deixaram seis enormes crateras de vários metros de profundidade, toneladas de escombros e uma espessa nuvem de poeira cinza.

"Eu estava em casa. Meu Deus, que explosão! Pensei que o prédio fosse cair sobre mim", exclamou Abir Hammoud, uma professora de cerca de 40 anos.

Depois do ataque, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acusou Israel de realizar uma "guerra genocida" contra seu país.

Os confrontos entre Israel e o Hezbollah se intensificaram desde o início da guerra em Gaza, há um ano, e deixaram mais de 1.500 mortos, um saldo superior ao provocado pela última guerra entre ambos em 2006.

O conflito em Gaza ameaça arrastar todo o Oriente Médio para "o abismo de uma guerra generalizada com consequências inimagináveis", alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Os bombardeios israelenses sobre o Líbano esta semana mataram mais de 700 pessoas, segundo as autoridades sanitárias, e deixaram cerca de 118 mil deslocados, de acordo com a ONU.

A situação pode piorar. O Exército israelense indicou que se prepara para uma possível incursão terrestre contra o Hezbollah, que seria "a mais curta possível", disse um oficial de segurança israelense.

- Até a vitória final -

Em meados de setembro, Israel anunciou que o "centro de gravidade" da guerra contra o Hamas em Gaza estava se deslocando para a fronteira com o Líbano para garantir o retorno de dezenas de milhares de moradores do norte de Israel, deslocados pelos ataques do Hezbollah, para suas residências.

Da tribunal da ONU, Netanyahu também prometeu lutar até "a vitória total" em Gaza se o Hamas não entregar as armas e libertar todos os reféns.

O conflito entre o Exército israelense e o Hamas na Faixa de Gaza começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.205 mortos em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses que inclui reféns que morreram ou foram assassinados em cativeiro em Gaza.

Das 251 pessoas sequestradas, 97 permanecem em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo Exército.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou 41.534 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

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G.Kuhn--NZN