Bombardeios israelenses deixam 29 mortos no Líbano
Vinte e nove pessoas morreram nesta terça-feira (12) em bombardeios israelenses contra várias regiões do Líbano, principalmente na periferia sul de Beirute, reduto do movimento islamista pró-Irã Hezbollah, informou o Ministério da Saúde.
O movimento xiita está em guerra aberta contra Israel desde setembro, após quase um ano trocando disparos na fronteira. Os bombardeios israelenses desta terça-feira ocorreram em redutos do Hezbollah, mas também em regiões raramente atacadas.
Doze pessoas morreram e oito ficaram feridas na região montanhosa de Shuf, ao sul de Beirute, segundo o Ministério da Saúde. A agência de notícias nacional Ani informou que um bombardeio atingiu um prédio residencial que abrigava pessoas deslocadas pelos ataques de Israel.
Outras oito pessoas morreram e várias ficaram feridas em um bombardeio na região montanhosa de Aley, ao leste de Beirute, segundo o ministério. Uma fonte da segurança informou à AFP que uma casa que abrigava pessoas deslocadas foi atingida.
No sul do Líbano, onde o Exército israelense promove uma ofensiva terrestre desde 30 de setembro, outro bombardeio, em Tefahta, deixou sete mortos, segundo o ministério. Também houve ataques na cidade de Nabatiyeh e na localidade costeira de Tiro.
Duas pessoas morreram em dois bombardeios na região de Hermel, no Vale do Becá, onde o Hezbollah está implantado.
O movimento islamita anunciou ter lançado mísseis contra uma base aérea localizada ao sul de Tel Aviv, e drones explosivos contra uma base militar perto de Nahariya, onde dois homens morreram em um disparo de foguete, segundo autoridades de Israel.
O Exército israelense lançou uma campanha de bombardeios massivos em 23 de setembro, especialmente nos redutos do movimento pró-iraniano, que lança diariamente foguetes, mísseis e drones contra Israel.
Desde o fim de setembro, a aviação israelense bombardeia regularmente a periferia sul de Beirute, onde vivem entre 600 mil e 800 mil pessoas.
Mais de 3.280 pessoas morreram, segundo autoridades, desde o início dos combates, em outubro de 2023, quando o Hezbollah abriu uma frente contra Israel em apoio ao seu aliado Hamas na Faixa de Gaza, onde o movimento islamista palestino está em guerra contra Israel. A maioria das vítimas morreu após o início da ofensiva israelense em setembro.
F.Carpenteri--NZN