Zürcher Nachrichten - Merkel recorda sem remorsos a crise dos refugiados e as relações com a Rússia

EUR -
AED 3.859481
AFN 71.756324
ALL 98.731551
AMD 410.573973
ANG 1.898343
AOA 958.299952
ARS 1057.5828
AUD 1.620305
AWG 1.891382
AZN 1.787514
BAM 1.965786
BBD 2.126704
BDT 125.86941
BGN 1.959578
BHD 0.396069
BIF 3111.577045
BMD 1.050768
BND 1.419397
BOB 7.30511
BRL 6.108936
BSD 1.053351
BTN 88.798959
BWP 14.389096
BYN 3.447011
BYR 20595.049833
BZD 2.123186
CAD 1.482918
CDF 3015.70356
CHF 0.930769
CLF 0.037175
CLP 1025.730425
CNY 7.626681
CNH 7.631617
COP 4607.354324
CRC 536.765442
CUC 1.050768
CUP 27.845348
CVE 110.825881
CZK 25.294035
DJF 187.56281
DKK 7.458928
DOP 63.475202
DZD 140.754561
EGP 52.127224
ERN 15.761518
ETB 131.339448
FJD 2.392545
FKP 0.829389
GBP 0.835949
GEL 2.868323
GGP 0.829389
GHS 16.589273
GIP 0.829389
GMD 74.604443
GNF 9077.02445
GTQ 8.133083
GYD 220.369466
HKD 8.177732
HNL 26.61696
HRK 7.495399
HTG 138.250992
HUF 410.051453
IDR 16731.48153
ILS 3.832965
IMP 0.829389
INR 88.571851
IQD 1379.809363
IRR 44224.189139
ISK 145.100113
JEP 0.829389
JMD 167.167612
JOD 0.745307
JPY 161.712177
KES 136.073015
KGS 91.195508
KHR 4227.434928
KMF 492.757542
KPW 945.690665
KRW 1469.37254
KWD 0.323384
KYD 0.877759
KZT 525.96186
LAK 23132.512015
LBP 94323.056453
LKR 306.507041
LRD 189.587683
LSL 19.044143
LTL 3.102644
LVL 0.635599
LYD 5.155188
MAD 10.582559
MDL 19.254813
MGA 4922.003534
MKD 61.670427
MMK 3412.852984
MNT 3570.509093
MOP 8.44098
MRU 41.88499
MUR 49.722097
MVR 16.234917
MWK 1826.47842
MXN 21.614084
MYR 4.693253
MZN 67.14173
NAD 19.044143
NGN 1768.579028
NIO 38.756512
NOK 11.690218
NPR 142.081414
NZD 1.79828
OMR 0.404533
PAB 1.053351
PEN 3.989366
PGK 4.24307
PHP 62.032083
PKR 292.554261
PLN 4.316456
PYG 8206.689576
QAR 3.842446
RON 4.977699
RSD 117.01459
RUB 110.961597
RWF 1438.192258
SAR 3.946062
SBD 8.816563
SCR 14.31215
SDG 632.036594
SEK 11.54187
SGD 1.415316
SHP 0.829389
SLE 23.854978
SLL 22034.081378
SOS 601.952158
SRD 37.295921
STD 21748.772974
SVC 9.216821
SYP 2640.085594
SZL 19.038716
THB 36.517315
TJS 11.227816
TMT 3.688195
TND 3.340977
TOP 2.461006
TRY 36.403794
TTD 7.154344
TWD 34.123163
TZS 2784.535199
UAH 43.712558
UGX 3902.826164
USD 1.050768
UYU 44.896792
UZS 13512.64356
VES 48.945141
VND 26707.891792
VUV 124.74927
WST 2.933314
XAF 659.299937
XAG 0.034685
XAU 0.000402
XCD 2.839753
XDR 0.805693
XOF 659.306243
XPF 119.331742
YER 262.61318
ZAR 19.049477
ZMK 9458.171236
ZMW 29.044545
ZWL 338.346819
Merkel recorda sem remorsos a crise dos refugiados e as relações com a Rússia
Merkel recorda sem remorsos a crise dos refugiados e as relações com a Rússia / foto: John MACDOUGALL - AFP/Arquivos

Merkel recorda sem remorsos a crise dos refugiados e as relações com a Rússia

A ex-chanceler alemã Angela Merkel faz uma defesa veemente de seus 16 anos à frente da principal economia da Europa em seu livro de memórias "Liberdade", lançado nesta terça-feira (26) em 30 idiomas.

Tamanho do texto:

Desde que deixou o posto de chefe de Governo da Alemanha em 2021, Merkel é acusada de ser muito branda com a Rússia, deixando o país perigosamente dependente do gás russo e de possibilitar a ascensão da extrema direita com sua política de portas abertas aos migrantes.

O livro é lançado em um momento explosivo: com os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a organização na Alemanha de eleições antecipadas após o colapso da coalizão de governo.

Merkel, 70 anos, recordada por sua liderança serena, nega qualquer culpa pelo atual período turbulento na autobiografia de quase 800 páginas, escrita em parceria com sua assessora de longa data, Beate Baumann.

Nos últimos dias, ela concedeu várias entrevistas, nas quais refletiu sobre sua infância sob o comunismo da ex-Alemanha Oriental e seus encontros tensos com Vladimir Putin e Donald Trump, de quem disse que "estava fascinado pelos políticos com tendências autocráticas e ditatoriais".

O livro apresenta detalhes sobre suas ideias e ações, incluindo a entrada em larga escala de refugiados de 2015, que marcou seus últimos anos à frente do governo.

- Crise dos refugiados -

Merkel foi criticada por permitir a entrada de mais de um milhão de pessoas, o que propiciou a ascensão do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema direita.

A ex-chanceler afirma que "a Europa deve sempre proteger suas fronteiras externas", mas insiste que "a prosperidade e o império da lei sempre farão com que a Alemanha e a Europa (...) sejam lugares para onde as pessoas querem ir".

Para Merkel, "a falta de mão de obra faz com que a imigração legal seja essencial", diante do envelhecimento da população alemã.

Sobre o AfD, a ex-chefe de Governo faz um alerta aos principais partidos da Alemanha sobre a adoção de sua retórica "sem propor soluções concretas para os problemas existentes".

- Ligações com a Rússia -

Merkel, que fala russo, também defende sua relação de longa data com Putin - que fala alemão -, apesar de seus receios a respeito do ex-agente da KGB.

Em uma imagem que viralizou, o presidente russo levou um labrador para uma reunião bilateral com a líder alemã, uma tentativa aparente de se aproveitar do medo de Merkel de cachorros.

A política alemã descreve Putin como "um homem permanentemente à espreita, com medo de ser maltratado e sempre disposto a atacar, inclusive brincando de exercer seu poder com um cachorro e fazendo com que os outros esperem".

Ela acrescenta que, que "apesar das dificuldades", tinha razão em "não permitir o rompimento das relações com a Rússia (...) e em preservar os vínculos por meio de relações comerciais".

Também argumenta que "a Rússia é, ao lado dos Estados Unidos, uma das duas principais potências nucleares do mundo".

Merkel defende sua oposição à adesão da Ucrânia à Otan durante a reunião de cúpula de 2008 em Bucareste e considera ilusório pensar que a condição de país candidato teria protegido Kiev da agressão de Moscou.

Depois da cúpula, ela lembra que retornou a seu país com a sensação de que "na Otan não temos uma estratégia comum para lidar com a Rússia".

- Política energética -

O ataque russo à Ucrânia em fevereiro de 2022 e a sabotagem dos gasodutos Nord Stream deixaram a Alemanha sem acesso ao gás russo barato, um gatilho para as atuais dificuldades econômicas.

Merkel, no entanto, rejeita as críticas por permitir a construção dos gasodutos no Mar Báltico e lembra que o Nord Stream 1 foi autorizado por seu antecessor, o social-democrata Gerhard Schroeder, muito próximo de Putin.

Sobre o Nord Stream 2, que ela autorizou depois que a Rússia anexou a Crimeia em 2014, ela argumenta que naquela época teria sido "difícil que as empresas e usuários de gás na Alemanha e em outros Estados da UE aceitassem" a importação de gás natural liquefeito mais caro de outras fontes.

Merkel afirma que o gás era necessário como energia de transição no momento em que a Alemanha buscava adotar fontes renováveis e reduzir progressivamente o uso das centrais nucleares, após o desastre de Fukushima em 2011.

Sobre a energia nuclear, ela argumenta que "não precisamos dela para alcançar nossas metas climáticas" e que as medidas na Alemanha podem inspirar outros países a seguir os mesmos passos.

T.Furrer--NZN