Expectativa de trégua em Gaza aumenta apesar de bombardeios
Combates e bombardeios mataram nesta segunda-feira (13) dezenas de palestinos e cinco soldados israelenses na Faixa de Gaza. Os Estados Unidos consideram possível um acordo de trégua nesta semana entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas.
Um funcionário do alto escalão palestino e o chanceler de Israel, Gideon Saar, mencionaram avanços nas conversas indiretas que acontecem no Catar. "A rodada atual de negociações é a mais séria e profunda, e permitiu avanços significativos", afirmou a fonte palestina.
Outra fonte próxima das negociações reportou "avanços reais", que resultaram em uma nova "proposta concreta" apresentada às partes.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também afirmou que um acordo de trégua entre Israel e o Hamas está próximo. "Podemos alcançá-lo nesta semana", indicou o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
Mais de 50 pessoas morreram hoje em bombardeios a Gaza, segundo socorristas locais. O Exército de Israel informou que investiga essa informação e anunciou a morte de cinco soldados em combates no norte de Gaza.
- Hospitais lotados -
Os ataques de Israel atingiram "escolas, residências e até grupos" de pessoas nas ruas, apontou o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmud Basal. "Não há espaço nos hospitais para receber os feridos", ressaltou.
O emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani, reuniu-se hoje com os enviados ao Oriente Médio dos governos atual e eleito dos Estados Unidos, e com uma delegação do Hamas, para discutir a trégua na Faixa de Gaza. O presidente Joe Biden também conversou com Al Thani sobre as "negociações em Doha para um acordo de trégua e a libertação de reféns", informou a Casa Branca.
O conflito atual na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas eclodiu após um ataque lançado por islamitas ao território israelense em 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas mataram 1.210 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, e sequestraram outras 251, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.
Dos sequestrados, 94 pessoas ainda são mantidas na Faixa de Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo Exército israelense. A campanha de retaliação lançada por Israel no território palestino matou mais de 46 mil pessoas, majoritariamente civis, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.
R.Schmid--NZN